terça-feira, 27 de novembro de 2007

As joaninhas voltaram

Quando eu era criança via joaninhas por toda parte. Em qualquer brincadeira ao ar livre elas estavam lá – lindas, vermelhinhas com bolinhas pretas. Depois que cresci elas desapareceram. Cheguei mesmo a pensar que entraram em extinção ou que nunca existiram além da minha imaginação. Mas não é que outro dia, brincando com o Nícolas, encontrei uma joaninha? Igualzinha às da minha infância. Pequenina, frágil, toda engraçadinha com a sua roupinha característica. As joaninhas voltaram. Assim como emoção de (re) descobrir o mundo, e o entusiasmo de um domingo de sol, cheio de brincadeiras. Mais uma das maravilhas de se ter um filho.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Série "esse não é meu"

Já dizia o ditado: “quem não chora não mama”. Pois então. Pedi um “manual de sobrevivência em restaurantes com bebês” e ganhei! E olhe que não é de qualquer um, mas de um pai que tem no currículo nada menos do que sete filhos (todos lindos!) e um neto (mais lindo do mundo inteiro). Como não sou egoísta, publico para todos as dicas que recebi. Obrigada papix! É bom saber que você não guardou rancor pelos montes de almoços frios que te fiz comer. (hehehe!)

Bebês – Vamos almoçar fora hoje?

Aí vão algumas dicas para quem não abre mão de comer fora de vez em quando. Falando apenas de almoço, pois um jantar romântico exige alteração na folga da babá ou aquela ajudinha da vovó. E não se fala mais nisto.

Primerio, escolha o horário certo. O bebês costumam dormir à tarde. Engane sua própria fome, se prepare para sair e calcule o horário da partida de forma que o tempo que você gastará até o restaurante, mais o tempo de espera pelo prato complete o horário em que ele vai dormir.

Depois escolha o restaurante certo. O local deve ser aberto, arejado, de preferência com pouco movimento. Restaurante com fila, nem pensar. Comida a quilo também não combina, pois enquanto o papai se serve a mamãe precisa ficar na mesa com o bebê e vice-versa. Aí será um almoço solo para ambos. Não é recomendável levar bebês em shoppings em qualquer ocasião, muito menos para almoçar. São locais feitos para excitar as pessoas. As luzes, o colorido e o movimento os deixam acesos demais.

Nunca escolha um restaurante caro. Isto é importante!

Durante a viagem de ida não o deixe dormir no carro. Leve brinquedos, mostre os carros ao lado, imite o canto do galo ou o barulho da moto. Faça qualquer coisa para mantê-lo acordado.

Ao chegar ao restaurante, escolha um canto onde o carrinho pode ficar perto da mesa, sem atrapalhar o movimento dos garçons. Fique com o pequeno no colo, para que ele não se canse do carrinho. Avalie se o seu cálculo de tempo funcionou. Se estiver longe do sono, peça um petisco e vá escolhendo o prato. Quando você sentir que chegou a hora, faça o pedido.

Você pode também fazer o pedido ao chegar e solicitar ao garçon que combine na cozinha uma espera do seu comando para servir. O prato vai ficar semi-pronto e virá rapidamente quando você autorizar.

Levante-se um pouco da mesa e ande calmamente pelo restaurante com o bebê. Finja que o está distraindo, mostrando as plantinhas ou o quadro e levante-o bem alto no colo para que todos o vejam. Você vai sentir os olhares, ouvir comentários baixinhos e muitos vão brincar com ele dizendo “que gracinha”, “como é lindo”. Este é o momento máximo do almoço. Afinal foi para isto que você veio.

Pronto. Agora pode mandar servir o almoço e colocá-lo no carrinho. Está na hora de dormir.

Neste ponto a sorte está lançada. Algumas coisas podem acontecer.

Se ele dormir realmente, ótimo. Bom apetite!

Talvez não tenha dormido, mas está tranquilo(a) e aceita ficar um pouco no carrinho. Coma mais rápido, a qualquer momento você precisará estar livre novamente.

Pode ser que ele não durma e não queira ficar no carrinho. Tire par ou ímpar com o seu esposo(a) para decidir quem vai comer frio.

São três alternativas. Estatisticamente, pela minha experiência, o resultado é o seguinte: o bebê não quer ficar no carrinho em 89,6% das vezes; ele fica quietinho sem dormir 9,2% das vezes e ele dorme 1,2% das vezes.

Mas vale a pena arriscar. Afinal você saiu de casa, recebeu elogios pelo seu rebento, ele conheceu coisas e pessoas diferentes.

A comida estava fria? Lembra que eu disse para nunca escolher um restaurante caro? Se você pagou baratinho, não vai se lamentar e vai sair feliz.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Extra, extra!!

Hoje encontrei uma amiga grávida que estava desesperada porque descobriu que as lojas pedem um prazo de 40 a 60 dias para entregar os móveis do quarto do bebê e ela não tem esse tempo todo de gravidez.

Percebi que esqueci de dar essa dica aqui: compre os móveis do quarto primeiro, porque você pode precisar de prazo para que tudo seja entregue. E não espere muito para comprar todo o enxoval. A melhor época é entre o 4º e o 7º mês de gravidez, quando você se sente mais bem disposta. Mas deixe alguma coisa para ser arrumada nos últimos meses (lavar as roupinhas, ajeitar os enfeites no quarto), isso ajuda a controlar a ansiedade.

domingo, 4 de novembro de 2007

Socorro! Vamos ao restaurante!

Visitas em casa, eu cansada de colocar mesa, tirar mesa, come sobremesa, conversa no sofá, decidimos almoçar em restaurante. Restaurante no shopping, boa estrutura para bebês, boa comida, boa companhia, tudo para ser um bom programa. Ilusão desvanecida já no estacionamento. Lotado. No fraldário, os carrinhos estavam em falta. Podem esperar? Podemos, claro, o que se há de fazer? Tivemos sorte, esperamos pouco. Nícolas confortavelmente instalado, seguimos para o restaurante. Lotado. Podem esperar? Podemos, claro, o que se há de fazer? Já tínhamos usado nossa sorte no fraldário, esperamos muito. Mesas para quatro são as mais disputadas. Algumas voltas pelas lojas da redondeza, um pouco de conversa, muito “bilu-bilu”, fomos, enfim, chamados.

E foi aí que o problema começou. Acho que o Nícolas não gostou do restaurante. E, não gostando do restaurante, aproveitou para treinar novas habilidades. No caso, o grito. Saquei da bolsa mágica o trem, o peixe, o bico e, por fim, o Dino. Quando nem o Dino, seu brinquedo favorito, conseguiu convence-lo a parar de gritar, resolvi que aquilo já tinha ido longe demais. Deixei minha salada esfriando no prato (tudo bem, sem drama, a salada já é fria), peguei o pequenino no braço e saí do restaurante para uma conversa séria com aquele rapazinho. Usei o meu discurso sobre o cultivo da paciência e, por alguns instantes, achei que todo o meu esforço didático tinha adiantado alguma coisa, já que ele ficou quietinho nos meus braços. Voltei para o restaurante e descobri que, na verdade, todo o meu blá, blá, blá tinha dado sono, imediatamente dispersado pelo barulho do restaurante. Foi a vez do Fabrício tentar as táticas de pai. Colocou o pequenino no colo que, sem perder tempo, começou a explorar todos os itens da mesa, a começar, claro, pelo molho da massa, que estava no prato, ainda por terminar. Bagunça garantida. Quem salvou a situação foi o tio que, a essa altura, já tinha engolido todo o seu almoço e estava disponível para um passeio. Ufa! Ganhamos tempo para terminar o almoço, pagar a conta e, enfim, juntar o trem, o peixe, o bico, o Dino e ir embora, exaustos, mas ainda com disposição para um sorriso amarelo para nossos vizinhos de mesa.

Preciso, urgentemente, de um “manual de sobrevivência em restaurantes”, ou vou viver de “China in Box” e pizza. Alguém se habilita?

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Série "manual de sobrevivência"

Em consultas médicas

Verdade universal: toda consulta médica se atrasa. (Salvo, claro, se você se atrasar, porque aí atuará a famosa Lei de Murphy e, obviamente, você será chamada no horário exato e, como não estará presente, sua consulta será automaticamente transferida para o último horário do dia). Diante dessa verdade universal e irrefutável, é melhor você se preparar da melhor forma possível para viver essa experiência com o seu picurruxo. Portanto, a primeira regra do manual de sobrevivência de uma mãe em consultório médico é: leve pelo menos dois brinquedinhos para distrair o seu pequeno e muitos lenços umedecidos para limpá-los toda vez que ele os jogar no chão. Também é importante você preparar a sua coluna e desenvolver um olho seletor de coisas interessantes para bebês para você distrair o seu fofinho depois que ele se cansar dos brinquedos que você levou.

Aproveite a sala de espera para fazer amizade com outras mães, comparar o seu pequeno com todos os demais e constatar, mais uma vez, o que você já sabia desde sempre: o seu bebê é o mais lindinho, o mais engraçadinho e o mais saudável de todos do consultório.

Para a consulta propriamente dita, é importante:

  1. Contenha o seu desejo de vestir aquela roupinha linda, mas que é super difícil de tirar. Prefira uma roupa prática, que você consegue vestir e desvestir rapidamente. Você certamente terá que fazer isso ao mesmo tempo em que recebe as últimas instruções do médico e tenta distrair um bebê que já está bravo de tanto esperar pela consulta.
  2. Alimente o pequenino minutos antes de sair de casa e garanta que ele tenha uma autonomia de pelo menos duas horas, ou você terá que vestir e desvestir aquela roupinha linda, ao mesmo tempo em que se esforça para ouvir as instruções do médico apesar do berreiro do seu lindinho faminto.
  3. Leve, como sempre, uma muda de roupa extra e, pelo menos, duas fraldas limpas. Se o seu bebê for um menino, leve três fraldas. Os meninos adoram fazer um xixi extra na fralda limpa que você ainda nem terminou de vestir.
  4. É conveniente anotar tudo o que você quer perguntar. Depois de ficar horas na sala de espera gastando todo o seu repertório de brincadeiras, é bem provável que você se esqueça até do que foi fazer naquele lugar. Anote tudo e, quando o médico fizer menção de acabar a consulta, tire o papelzinho do bolso e cheque se tudo foi esclarecido. (Não se preocupe com o mico. É melhor um mico do que ter que esperar o próximo mês para esclarecer aquela dúvida urgente). Só não vale fazer como eu, que me esqueço até do papelzinho!...
No mais, é aproveitar! Apesar da espera, da briga para vestir e desvestir a roupinha e do xixi na fralda limpa, acho uma delícia as consultas médicas. É ótimo saber que todos os bebês têm choros inexplicáveis e dias de mau humor, e que, afinal, nem tudo é culpa da mãe!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (enfim, última parte)

 Encerrando a novela do enxoval, vamos, agora, aos itens de higiene e passeio e, claro, algumas coisinhas para você:

Para a higiene você certamente precisará de creme para prevenção de assaduras, álcool absoluto, gaze e sabonete neutro. Entretanto, é melhor você esperar a receita do pediatra para comprar esses itens. Atenda sua vontade louca de consumo com os seguintes itens:
 
- cotonetes
- escova e pente
- algodão
- kit manicure, com tesourinha com pontas arredondadas, cortador minúsculo e lixa (que é inútil, mas bonitinha)
- kit higiene (ver glossário)
- lenços umedecidos: apenas um pacote, para ser usado nos passeios. Não é legal usar lenços umedecidos todos os dias, especialmente em bebês novinhos.
- banheira: faça questão do suporte. Ninguém merece dar banho no bebê no chão ou no colchão. Algum modelos vêem até com um trocador embutido, que pode ser útil nos primeiros dias, já que você poderá tirar e colocar a roupinha do bebê já dentro do banheiro, mas definitivamente não é essencial. A banheira do Nícolas tem só o suporte mesmo e acho que é suficiente.

Para os passeios você precisará do bebê conforto, que é aquela cadeirinha que fica presa no carro, e do carrinho. Alguns modelos de carrinho já vêem com o bebê conforto, o que parece muito útil à primeira vista, mas, no meu caso, se mostrou inútil. Nunca acoplei o bebê conforto do Nícolas ao carrinho; achei muito trabalhoso todo o procedimento e quando começamos a sair com mais freqüência o Nícolas já conseguia ficar direto no carrinho, sem problemas.
Algumas observações sobre o carrinho são importantes. Você encontrará modelos de todos os preços. Não precisa comprar o mais caro, mas, assim como o berço, não vale a pena economizar no investimento. É item muito útil e que é usado por muito tempo.
É bom que seja um modelo versátil, com várias alturas do encosto e que seja fácil de empurrar. Acho importante ter o cabo reversível, de forma que você possa empurrar o carrinho de frente para o seu pequeno e que seja possível tirar a mesinha que fica em frente (quando os bebês são pequenos elas tampam a visão deles). O carrinho do Nícolas é bem versátil, tem o cabo reversível e tira a mesinha, mas às vezes é bem chato de empurrar e, mesmo dobrado quase não cabe no porta-malas do meu carro. Já vi outros modelos que são ótimos para empurrar, fáceis de abrir e fechar, mas que não têm as facilidades que o do Nícolas tem. Ou seja, não sei se existe um “modelo ideal”, mas vale a pena procurar e, se encontrar, pagar caro por ele. 
Você precisará, também, de uma bolsa para passeio com um trocador portátil. (Se a bolsa já não vier com o trocador, compre um avulso). O Nícolas tem apenas uma bolsa grande, que fica constantemente semi-pronta, com fraldas descartáveis, lenços umedecidos, um cueiro e uma fralda de pano, mas já vi mães que têm duas – uma menor, para passeios curtos e outra maior, para passeios longos. Vai de cada mãe. O importante é: nunca saia de casa sem ela! Eu fiz isso, uma vez, na primeira semana de vida do Nícolas. Precisamos ir ao banco de leite e eu simplesmente peguei o meu pequeno e fui. Entrei em pânico quando chegamos lá e o Fabrício perguntou o que faríamos se fosse inevitável uma troca de fraldas. Por sorte não foi preciso, mas aprendi a lição.

Para você, compre:

- 3 Sutiãs de amamentação
- 2 pijamas com abertura na frente (precisar, não precisa, mas você vai ficar feliz de ficar apresentável na maternidade)
- Cinta ou calçolas ou ambos. Para quem faz cesariana a cinta, embora desconfortável, traz algum conforto (dá pra entender? Mas é isso mesmo). As calçolas, aquelas de vovó, também trazem algum conforto nos primeiros dias.
- Muitos e muitos absorventes. Você vai mestruar, em 10 dias, tudo o que não mestruou em nove meses. Acho que é vingança da natureza...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Mães corujas e (bah!) normas de etiqueta

Pergunta padrão de vizinho educado no elevador:
- Olá, como vai?
Resposta padrão de mãe coruja:
- Tudo ótimo! Nícolas está cada dia mais engraçadinho. Sabe que agora já consegue se virar sozinho?
No consultório médico a conversa se repete. Primeiro, com a secretária:
- E o bebê? Como está?
- Ah! Já está grande! Hoje conseguiu se virar sozinho pela primeira vez. Uma fofura!
Depois, com a médica que, educadamente, pergunta pelo pequeno que ela ajudou a nascer. Resposta:
- O pequeno já está grande! Hoje cheguei para pegá-lo no berço e ele estava lá, de barriguinha pra baixo! Conseguiu se virar sozinho, você acredita?!
Ainda tive ânsias de contar a novidade pra moça grávida que aguardava a consulta ao meu lado, mas achei prudente ficar quieta tendo em vista a cara de quem não quer fazer novos amigos.
Quando chego em casa leio na revista algumas “normas de etiqueta e bom senso para mães” e, entre elas, está não sair contando as gracinhas do filho para qualquer um porque as outras pessoas podem não estar interessadas. Normas de etiqueta... Bom senso! Bah! A norma devia ser para quem escuta que deve, necessariamente, fingir interesse e, se tiver tempo, até fazer algumas perguntas para que a mãe tenha oportunidade de falar mais.
É por causa de “normas” como esta que toda mãe precisa ter um blog onde possa expressar livremente sua corujice.
Alías, vocês sabiam que o Nícolas hoje, pela primeira vez, conseguiu se virar sozinho? Coloquei-o no berço de barriguinha pra cima e, quando voltei, ele estava lá, de barriguinha pra baixo, já tentando engatinhar! Muito espertinho esse menino... E o melhor: aconteceu às 13:00hs! Ou seja, mesmo se fosse quinta essa eu não perderia!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Mães mutantes

Ando meio sem inspiração... Triste, até. Um pensamento me persegue: hoje já é terça-feira, amanhã é quarta e depois, inevitavelmente, será quinta-feira, o dia fatídico em que terei que retornar ao trabalho. As horas se tornaram minhas inimigas. Um sorriso sapeca às 15:00hs e logo penso que, se fosse quinta, eu iria perder... Uma careta engraçada e não demoro a olhar o relógio: “8:30hs! Ufa! Essa eu não perderia!”.

O ideal seria que as mães fossem seres mutantes, com poderes para estar em dois lugares ao mesmo tempo. Imaginem só: enquanto a mãe-que-trabalha vive os desafios da profissão, troca uma idéia com o colega de trabalho, conversa abobrinha no cafezinho, a mãe-que-fica-em-casa aproveita cada sorriso, sabe exatamente quanto de papinha o pequeno comeu, qual foi a brincadeira favorita do dia. À noite as duas se encontram, para trocar figurinhas, compartilhar as alegrias e lamúrias do dia. Mãe-maravilha com super poderes de verdade. Não seria o máximo?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (Parte IV)

Continuando minha lista comentada de enxoval para bebê, vamos para os itens do enxoval propriamente dito.

A lista leva em consideração apenas os três primeiros meses e, ainda, que você vai lavar as roupas do bebê quase todos os dias. Se você pretender lavar a roupa apenas uma vez por semana pode triplicar as quantidades:

Vamos lá:

- bodies, muitos bodies: já tive oportunidade de manifestar aqui o meu amor pelos bodies. Para mim é o item mais útil no enxoval. Se o seu bebê for nascer no verão, sugiro comprar 4 de manga curta e 3 de manga longa. Se for nascer no inverno, faça o contrário. Compre no tamanho P (indicado para a idade de 1 a 3 meses). Além desses, você pode comprar mais 2 ou 3 tamanho RN para o seu bebê usar no primeiro mês e ficar mais bonitinho. Você poderá também comprar mais uns 3 básicos, sem estampa, branco ou bege, para colocar por baixo dos macacões. Atenção com os tamanhos, que não são padronizados, dificultando muito a nossa vida. Compare os tamanhos de uma e outra marca, use o bom senso e vai dar tudo certo.

- mijão: pode comprar 6, tamanho P, de diversas cores, para fazer par com os bodies. Não compre com pés, que logo ficam pequenos; no máximo compre aqueles que “se transformam” em pés (pergunte nas lojas e as vendedoras vão te mostrar como é). Se o seu bebê for nascer no verão você pode comprar também shortinhos, que são fofos!

- macacão com manga e pés, de plush ou lã: se o seu bebê for nascer no inverno, pode comprar 4. Se for no verão, compre 2 ou 3 que já serão mais do que suficientes.

- macacão de malha, sem manga: a regra é o contrário. Se o seu bebê for nascer no inverno, compre apenas 2; se for no verão, compre 4.

- casaquinho: Mais uma vez, vale a estação do mês do nascimento. Se for inverno, compre 2; se for verão, apenas 1.

- gorros e luvas: Pode comprar 2 kits, independente da estação. Mesmo os bebês nascidos no inverno usam muito pouco, já que é necessário só para sair de casa.

- meias: pode comprar 4 pares, mas de boa qualidade. As meias baratas ficam saindo do pé toda hora.

- mantas: 2 é suficiente. Uma mais grossa e outra mais fina. Você pode comprar também uma daquelas bordadas, bem bonitas, para o pequeno sair da maternidade.

- cueiros: sugiro ter 3 ou, se for demais para sua modernidade, apenas 2.

- cobertor: se o seu bebê for nascer no inverno, vale a pena ter 1, para os dias mais frios.

- roupa de cama para berço: não é preciso ter o kit completo, já que o bebê não dorme de travesseiro. Basta ter 3 lençóis, com elástico, que você pode comprar avulso.

- toalhas: 3 toalhas-fralda são suficientes.

- fraldas de pano: 1 dúzia. Elas têm mil e uma utilidades. Você usará para enxugar o bumbum do bebê nas trocas de fralda, na hora de amamentar, para tampar o sol em um passeio, etc.

- fraldas descartáveis: Nos primeiros três meses você usará, em média, 8 fraldas por dia. Compre 1 pacote RN e 2 ou 3 tamanho P, para começar. Acho bobagem fazer estoque de fraldas, elas ocupam muito espaço e sempre tem ótimas promoções nos supermercados. Mas, se você for fazer aquele famoso Chá de Fraldas, peça o tamanho M, que é o que você usará mais tempo. Compre marcas conhecidas, como Pampers, Jonhson ou Turma da Mônica. Com o tempo você terá a sua marca favorita ou será como eu, que gosta de variar (depois de 1 pacote eu já estou enjoada daquele modelo de fralda!)

Continua...

Próximo capítulo: itens de higiene e coisas para você

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Mau humor

Tem dias em que o Nícolas acorda de mau humor. Talvez seja alguma dor de barriga, ou de ouvido, ou de cabeça ou simples mau humor mesmo, mas o fato é que tem dias em que nada está bom para ele. Qualquer brincadeira não dura mais do que 5 minutos e ele passa o dia choramingando. É exaustivo!
Hoje foi um desses dias. Percebi que a coisa não ia bem logo no primeiro contato. Ao invés do habitual sorriso em resposta ao meu “bom dia” recebi foi uma resmungada, com o pé ainda na boca. “Bom dia, dia!”, “Bom dia, sol”, uma imitação engraçada de sapo e consegui, enfim, o meu primeiro sorriso, ainda que de má vontade. Como sempre acontece nesses dias, houve choro na hora do banho e briga para vestir roupa. Não teve vaquinha, passarinho ou pato que resolvesse o problema. Lá pelas três horas, quando eu já tinha esgotado todo o meu repertório de brincadeiras, músicas e imitações e ainda tinha nos braços um bebê resmungão, resolvi adotar a medida extrema para esses dias: um passeio, em qualquer lugar! No caso, o supermercado, já que eu tinha esquecido de comprar yogurte na minha última ida. Boa desculpa para sair de casa.
No meu desespero, peguei o Nícolas e a bolsa e saí do jeitinho que estava – vestido já gasto de tanto uso, todo babado e amassado da labuta do dia, chinelo, cabelo preso com uma piranha. Só tive noção da minha situação deplorável quando me olhei no espelho do elevador, mas já era tarde para um retorno. Toca para o supermercado assim mesmo!
Lá chegando tive que atestar a tese de que as mulheres, de fato, são atraídas por homens que as desprezam, porque o Nícolas, com toda a cara de aborrecido, nunca foi tão assediado por mocinhas simpáticas e senhoras bondosas. Todas vinham falar com ele e recebiam, em troca, um olhar superior (quem é você que ousa falar comigo?), quando não um beicinho de choro. 
Tudo bem. Comprei meu yogurte, alguns outros itens de que não precisava, mas “já que estava ali...” e segui para o caixa, onde tive que passar a vergonha de constatar que, na pressa e sufoco para sair de casa eu tinha esquecido os cartões de crédito e o dinheiro na carteira não era suficiente para pagar o meu yogurte e os demais itens inúteis que resolvi comprar. Necessário cancelar a compra. Imaginando o tempo que teria que esperar até que o gerente viesse ao caixa para desfazer o mal feito, a moça simpática que vinha logo atrás resolveu perguntar quanto faltava para eu conseguir pagar as compras. Cata nota amassada no fundo da bolsa, cata moeda escondida e... falta apenas R$ 1,00, respondi. A moça simpática se ofereceu para pagar e eu fui embora, com o meu bebê mau humorado, meu yogurte e demais itens inúteis, tudo devidamente pago graças à caridade alheia.
No caminho de volta ainda tive ânimo para conversar com o Nícolas sobre a necessidade de combater o mau humor e cultivar a simpatia, afinal, as moças simpáticas e as senhoras bondosas mereciam pelo menos um sorriso...
Estou preocupada... Acho que estou me revelando uma mãe chata. Saio de casa feito louca, não tenho dinheiro para pagar as compras, mas não perco a oportunidade para uma lição de moral! Ainda que seja em um bebê de 4 meses...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (Parte III)

Para finalizar o assunto da novela do enxoval ouso fazer uma sugestão de lista, devidamente comentada, para as mães de primeira viagem (acho brega a expressão “mães de primeira viagem”, mas não consigo pensar em outra!).
É claro que, como já disse antes, nenhuma lista é universal e serve para todos os bebês e mães. Essa seria a lista ideal para mim e para o Nícolas e a que eu arriscaria para um segundo filho.
Começo com o quarto:
No quarto do seu pequeno você terá, necessariamente, que ter:
- Berço: é óbvio! O pediatra do Nícolas acha que aquele sistema anti-refluxo que alguns berços têm (coloca o estrado do colchão mais alto em um dos lados) ajuda no caso de bebês que têm refluxo. O berço do Nícolas tem esse sistema, mas ele não teve refluxo, então eu não sei se realmente ajuda. Pelo sim, pelo não, acho que vale a pena investir em um berço com esse acessório (dependendo do berço nem tem diferença de preço!). Também é importante ver se a pintura do berço é atóxica (parece que, com certa idade, alguns bebês resolvem morder a grade...), se a distância entre as grades não é tão grande que o bebê consiga colocar a cabeça, quantos níveis o estrado do colchão desce... Itens de segurança, em geral. Enfim, considerando que o berço é o item mais importante do quarto e que o seu bebê vai usar até mais ou menos os dois anos, acho que compensa comprar um bom berço, de boa marca. O mesmo vale para o colchão que, normalmente, você compra junto com o berço.

- Cômoda: mesmo se você já tiver um bom armário no quarto acho que a cômoda é importante. Ela serve também como trocador e ajuda a organizar as coisas de forma que você tenha tudo à mão na hora de trocar a fralda ou vestir o bebê. É importante que, próximo à cômoda ou nela mesmo, você tenha um lugar para colocar as roupas sujas, outro para deixar fraldas limpas, um lixo para jogar as sujas, um espaço para o kit higiene. Nas revistas de decoração de quartos de bebês há várias soluções para isso. Qualquer uma delas é válida. O importante, muito importante mesmo, é você ter tudo à mão quando precisar.

- Poltrona para amamentar: para mim, é fundamental. É um lugar confortável para dar de mamar. Bom para você e para o bebê, que fica mais tranqüilo quando amamentado sempre no mesmo lugar.

- Mesinha de apoio: completa a poltrona de amamentar. É onde você pode deixar uma garrafinha de água, um livro ou revista para ler, bloquinho de anotação, etc.

- Dimmer (aquele sistema que controla a intensidade da luz) ou abajur: você não vai querer ligar a luz na cara do seu pequeno quando tiver que amamentá-lo à noite.

- Kit berço: ajuda na decoração, protege o berço e já vem com a almofada do trocador, que essencial.

- Mosquiteiro ou cortinado (especialmente se o seu bebê for nascer no verão): Recusei-me a comprar para o Nícolas porque acho brega e não combinava com a decoração do quarto, mas quando chegou o verão e ele começou a amanhecer com as bochechas com pintinhas vermelhas não tive como negar a necessidade desse item.

- Estante com brinquedos, papel de parede, quadro com fotos, itens de decoração em geral: acho importante o quarto do bebê ser um lugar agradável e alegre. Um móbile no berço é bonitinho e útil. Acho que é uma boa idéia. Atenção para não se empolgar demais, principalmente com as cores. Parece que os bebês pequenos ficam agitados com excesso de estímulo.

No quarto do Nícolas tem apenas esses itens e acho que foi o suficiente. Mas, se no quarto do seu bebê tiver espaço para uma cama auxiliar, chamada cama de babá, acho que vale a pena ter uma. Ela pode servir para acomodar alguma visita que te faz companhia enquanto você amamenta ou troca a fralda ou, eventualmente, como cama de babá mesmo, se essa for dormir na sua casa.

Cenas do próximo capítulo: itens essenciais do enxoval propriamente dito.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

A primeira papinha

A primeira papinha do Nícolas foi um encantamento só:
O pequeno encantado com a descoberta daquela coisa alaranjada, meio pastosa e docinha que a mamãe colocava em sua boca, a babá encantada com a máquina digital, tirando fotos sem parar e eu encantada com a felicidade que é dar a primeira papinha ao filho.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Bom e ruim

Amamentar é bom e ruim ao mesmo tempo. E o pior: pelas mesmas razões.
É bom porque é um prolongamento da gestação, uma espécie de cordão umbilical invisível que permite que você continue ligada ao seu bebê; é ruim porque é um prolongamento da gestação e você já está cansada de cuidar da alimentação e evitar bebidas alcoólicas, doces e frituras.
É bom porque você pode, sozinha, suprir todas as necessidades nutricionais do seu pequeno; e é ruim porque só você pode suprir todas as necessidades nutricionais do seu pequeno.
É bom porque você mesma é a mamadeira do seu filho, com leite na temperatura ideal e pronto para o consumo; é ruim porque você mesma é a mamadeira do seu filho e, nem sempre você está disposta a ser mamadeira.
É bom porque você pode resolver quase todos os problemas de choro com um simples levantar da blusa; e é ruim porque todos vão querer que você resolva todos os problemas de choro levantando a blusa.
É por essas e por outras que eu achei bom e ruim quando saímos ontem, do pediatra, com instruções sobre como introduzir papinhas e frutinhas na alimentação do Nícolas.
É bom porque significa o início da independência do Nícolas e a volta da minha liberdade e ruim porque... quem disse que queremos independência e liberdade?

Mães e compras

No que se referem às compras as mães podem ser classificadas em três tipos:
O tipo mais difícil de encontrar é a “mãe-amélia”. Primeiro, porque elas estão em extinção e, depois, porque elas simplesmente não fazem compras. Ficam em casa, vestidas de moletom e blusa de malha, quase sempre do marido, cuidando de suas crias. Contentam-se em comprar um ou dois batons da Avon, vendidos pela vizinha enxerida. Esse é, certamente, o tipo mais econômico e, também, o mais “descharmoso”, como diria minha vovó Carminha.
Mas existe o tipo “mãe-dondoca”. Essas podemos ver nos corredores do Shopping. Em geral são loiras e andam de salto alto e bolsa Louis Viton, seguidas por uma mocinha de uniforme branco, carregando o seu pequeno impecavelmente vestido de Lilica Ripilica. Essas são, inevitavelmente, umas chatas.
Por fim, existem aquelas que você encontra, normalmente, no estacionamento do Shopping, carregando o bebê em um braço, sua própria bolsa e a bolsa do pequenino no outro, tentando equilibrar as sacolas de compra, ao mesmo tempo em que procuram a chave do carro. É o tipo “mãe-maravilha”. Sempre quis ser uma dessas. Acho o máximo aquele ar de mãe-meio-atrapalhada-mas-moderna-e-independente.
Essa semana aconteceu. Consegui encontrar a chave do carro, apesar das sacolas, das bolsas, do Nícolas, coloquei tudo no porta-malas, menos o Nícolas, que instalei confortavelmente em sua cadeirinha e saí dirigindo, orgulhosa de mim mesma, feliz da vida por, enfim, ser uma “mãe-maravilha”.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Série "esse não é meu"

O post de hoje não é meu. E também não é sobre mãe, mas sobre pai. Mas eu achei tão bonitinho que resolvi colocar aqui.
Dedico ao meu papix, que já passou por isso duas vezes e se prepara para mais duas!!
Conversa de pai e filha
Antonio Maria
- Pai, eu tenho um namorado.
Pai que houve isso da filha mocinha, pela primeira vez, sente uma dor muito grande. Todo sangue lhe sobe à cabeça, e o chão do mundo roda sob seus pés. Ele pensava, até então, que só a filha dos outros tinha namorado. A sua tem, também. Um namorado presunçosamente homem, sem coração e sem ternura. Um rapazola, banal, que dominará sua filha. Que a beijará no cinema e lhe sentirá o corpo, no enleio da dança. Que lhe fará ciúmes de lágrimas e revolta; pior ainda, de submissão, enganando-a com outras mocinhas. Que, quando sentir os seus ciúmes, com toda certeza, lhe dirá o nome feio e, possivelmente, lhe torcerá o braço. E ela chorará, porque o braço lhe doerá. Mas ela o perdoará no mesmo momento ou, quem sabe, não chegará, sequer, a odiá-lo. E lhe dirá, com o braço doendo ainda: “Gosto de você, mais que de tudo, só de você.” Mais que de tudo e mais que dele, o pai, que nunca lhe torceu o braço. Só de você é não gostar dele, o pai. E pensará, o pai, que esse porcaria de rapaz fará a filha mocinha beber whisky, e ela, que é mocinha, ficará tonta, com o estômago às voltas. Mas terá que sorrir. E tudo o que conseguir dela será, somente, para contar aos amigos, com quem permuta gabolices sobre suas namoradas. Ah! O pai se toma de imensa vontade de abraçar-se à filha mocinha e pedir-lhe que não seja de ninguém. De abraçá-la e rogar a Deus que os mate, os dois, assim, abraçados, ali mesmo, antes que torça o bracinho da filha. Como é absurda e egoisticamente irracional amor de pai! Mais que ódio de fera. Ele sabe disso e se sente um coitado. Embora sem evitar que todos esses medos, iras e zelos passem por sua cabeça, tem que saber que sua filha é igual à filha dos outros; e, como filha dos outros, será beijada na boca. Ele, o pai, beijou a filha dos outros. Disse-lhe, com ciúme, o nome feio. E torceu-lhe o braço, até doer. Nunca pensou que sua namorada fosse filha de ninguém. Ele, o pai, humanamente lamentável, lamentavelmente humano. Ele, o pai, tem, agora, que olhar a filha com o maior de todos os carinhos e sorrir-lhe um sorriso completo de bem-querer, para que ela, em nenhum momento, sinta que está sendo perdoada. Protegida, sim. Amada, muito mais. E, quando ela repetir que tem um namorado, dizer-lhe apenas:
- Queira bem a ele, minha filha
Obs – Essa e outras 99 crônicas ótimas estão no livro “As 100 melhores crônicas brasileiras”. É um livro que vale a pena ter para as horas de mamadas, para relaxar antes de dormir, para curtir no fim de semana..

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Série "as 10 mais"

As 10 coisas que uma mãe recente não pode viver sem:
  1. Corretivo para tampar as olheiras - sim, porque mesmo os bebês mais bonzinhos do mundo, que desde os 2 meses dormem uma noite inteira, de vez em quando têm recaídas e resolvem passar uma noite em claro. Além disso, é preciso esclarecer às mães mais iludidas que quando falamos que um bebê dormiu a noite inteira significa que a última mamada foi à meia noite e a próxima será às 6:00hs. Ou seja, pode acreditar, você vai precisar de corretivo!
  2. Protetor de seios – até que a lei da oferta e da procura esteja plenamente estabelecida muito leite vai vazar. Às vezes em situações nem um pouco propícias como na fila do banco ou aguardando o atendimento em uma loja. Assim, se você não quiser acrescentar à estampa da sua blusa duas bolas molhadas é melhor estar prevenida e usar logo os protetores.
  3. Balança. Tudo bem se você não está emagrecendo nem mais uma grama apesar de toda aquela conversa de que amamentar consome muitas calorias, etc, mas engordar também já é demais! É melhor ficar de olho na balança.
  4. Bolacha água e sal, barra de cereal ou fruta – esse item tem haver com a balança. É que amamentar dá fome e se você não tiver nada light para comer entre as refeições vai acabar atacando o bombom e aí...
  5. Celular – se você resolver dar uma escapada de casa entre uma mamada e outra pode ser chamada de volta a qualquer momento no caso de uma fome emergencial do seu pequeno e, se você não for chamada, pode ligar para saber se está tudo bem mesmo
  6. Livros, revistas, coisas pra ler – você vai amamentar o seu bebê de oito a dez vezes por dia. Cada mamada dura entre 20 minutos e meia hora (dependendo do bebê até mais tempo do que isso), o que quer dizer que você passará mais ou menos 4 horas por dia presa à sua confortável poltrona de amamentação apenas segurando um bebê faminto. É melhor você ter algo para ocupar a mente ou vai acabar achando tudo muito aborrecido.
  7. Relógio digital – embora você não tenha rotina, sua vida vai girar em torno do relógio. Hora da próxima mamada, quantos minutos mamou, quando foi a última troca de fralda, quanto tempo estamos esperando ele arrotar, etc. Ou seja, um relógio digital à mão é item muito útil.
  8. Bloquinho de anotações e caneta – para você anotar quando foi a última mamada, quantos cocos o pequeno fez no dia (pode apostar que o pediatra dele vai lhe fazer essa pergunta!) ou idéias malucas que você teve para escrever no blog.
  9. Garrafinha de água – amamentar também dá sede. E é bom, porque quanto mais água você bebe mais leite produz e mais satisfeito o seu pequeno fica. Portanto, tenha sempre uma garrafinha cheia de água à mão, especialmente próxima à sua poltrona de amamentar.
  10. Fotos do seu pequeno – todos que sabem que você é uma mãe recente vão querer ver uma foto do seu pequenino ou, mesmo se eles não estiverem interessados em ver, você estará interessada em mostrar. Você pode guardar uma foto miniatura na carteira ou fazer como uma mãe que conheço, que deixa logo um álbum inteiro da sua menininha na bolsa. O importante é não perder a deixa sempre que alguém perguntar como anda o seu picurruxo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Pai não é mãe

Pai não é mãe. Li esta frase, outro dia, em um artigo de revista que advertia as jovens mães sobre essa confusão muito comum. De fato, percebi logo que há notável diferença entre pais e mães. Aqui em casa quem se preocupa se o Nicolas está respirando direitinho quando ele dorme mais tempo do que o normal sou só eu. Também sou eu quem escuta qualquer murmúrio à noite e levanta para ver se está tudo bem. Se me afasto do Nicolas por uma ou duas horas volto pra casa correndo e a primeira coisa que faço é pega-lo no colo. O Fabrício chega do trabalho e, serenamente, deixa suas coisas na mesa, vai ao banheiro lavar as mãos e, só então, se agarra ao pequenino. Eu brinco de imitar bichos, faço mamãe beijoqueira ou carrapatinho. O Fabrício brinca de avião que, inevitalvelmente, termina fazendo um pouso forçado no meio das almofadas, provocando gargalhadas no pequeno Nícolas. Somos, de fato, diferentes no jeito de cuidar e até de amar. Ambos igualmente importantes.
Mas nunca vou me esquecer do dia em que levamos o Nicolas para fazer o teste do pezinho. Ele tinha apenas 4 ou 5 dias e parecia tão frágil! Assim como nós, que estávamos recém descobrindo as emoções de sermos pais. Como quem não se importa com nada disso a enfermeira do laboratório fez um furo no pé do nosso pequeno e, desajeitadamente, espremeu o sangue nos papéis para o exame. Depois, tentou tampar o furo com um band-aid, mas o sangue não parava de jorrar e o Nicolas não parava de chorar. Alguns minutos depois ela conseguiu, enfim, encerrar o procedimento e eu fiquei ali, no rol de entrada do laboratório, com o coração apertado, tentando consolar aquele serzinho que chorava desesperadamente, enquanto o Fabrício foi buscar o carro. Ele deveria estacionar o carro na porta do laboratório, me ajudar a entrar e, então, iríamos pra casa com o nosso pequeno. O que vi, entretanto, foi um leão entrando pela porta minutos depois, perguntando o nome da enfermeira que tinha nos atendido. Ele estava certo de que a moça não tinha realizado o procedimento de forma correta e, certamente, não pensou quando deixou o carro no meio da rua apenas para saber o nome da pessoa que tinha causado sofrimento desnecessário ao nosso filho. Regina era o nome dela. Nunca mais a vimos e nunca mais falamos sobre o assunto, mas a experiência ficou marcada para mim. De fato, pai não é mãe, mas que às vezes parece, parece.

sábado, 29 de setembro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (Parte II)
Conforme prometido, segue pequeno glossário de itens do universo infantil:
Almofada para amamentação: é uma almofada em forma de U que apóia o bebê no colo na hora da amamentação. Algumas lojas até bordam o nome do picurruxo. Fica bem bonitinho. Eu não comprei, depois me arrependi e, quando ia comprar, percebi que já não precisava mais. É que depois que o bebê cresce um pouquinho ele mesmo se apóia e a almofada não é mais necessária. Eu uso até hoje uma almofada comum, pequena, que a minha mãe bordou para mim (fofa!) apenas para apoiar o braço.
Body: item fundamental no enxoval de todo bebê. São aquelas blusinhas de malha, com botões no meio das pernas. Tem de todo jeito: manga comprida, manga curta, camiseta, para sair, básico, etc. Pode comprar muitos, porque é a melhor roupa para vestir um bebê. Ele fica confortável e muito fofo!
Conjunto pagão: item pré-histórico do enxoval do bebê que consiste em uma blusinha frente única e sem manga que se amarra no pescoço do pequeno (parte de trás), com um casaquinho que você coloca por cima e que se amarra no pescoço do pequeno (parte da frente) e uma calça. Pode ser de malha ou, pior ainda, de pano. Sua sogra e sua mãe vão dizer que é item fundamental no enxoval. Não caia na tentação. Apresente a elas o body e diga que esta é a versão moderna do conjunto pagão.
Cueiro: pano grande, de flanela, normalmente com bordado ou desenho em uma das pontas. Antigamente servia para enrolar os bebês, que ficavam parecendo um grande charuto. Hoje muitas pessoas dizem ser item desnecessário no enxoval. Eu discordo. O Nícolas tem quatro e usamos muito até hoje. Serve para cobrir a cadeirinha do carrinho de supermercado, como tapete para brincar, para esquentar ainda mais a manta em um dia muito frio, enfim, com criatividade, ele transforma-se em um pano multiuso, pronto para qualquer coisa.
Mijão: eu não sei qual a razão desse nome horrível, mas são aquelas calças de malha que fazem par com os bodies ou blusinhas. Nas lojas as vendedoras costumam piorar ainda mais o nome chamando de mijãozinho.
Vira manta: mais um item pré-histórico do enxoval do bebê. Parece tratar-se de um pano triangular bordado que você deve colocar dentro da manta para proteger o bebê da própria manta (?!). Nunca vi uma ao vivo, apesar de ter procurado bastante, já que deveria comprar duas segundo a lista da minha revista. Não encontrei quem vendesse o tal artigo e não senti a menor falta.
Kit berço: item que se tornou fundamental no enxoval de qualquer bebê moderno. Tem mais utilidade decorativa do que prática, mas vale a pena. Consiste em protetores para o berço e edredom, bem como almofada para o trocador. Algumas lojas fazem com os motivos que você quiser. Eu inovei e acrescentei ao kit berço dois sacos de pano que ficam pendurados, como cortina, próximo ao trocador. Um deles eu uso para colocar a roupa suja e o outro para colocar as fraldas limpas. Ficou ótimo. Decorativo e super prático.
Kit higiene: outro item fundamental no enxoval dos bebês modernos. É composto por uma garrafa térmica e potes para algodão e cotonetes. Alguns também vêem com uma lixeira. É mais caro do que merece, mas é bastante útil se você não for usar lenços umedecidos todos os dias. Você pode optar por comprar os itens separados que sai mais barato.

E lá vem outra babá!...

Eu juro que não fiz mandinga e nem mencionei a história do nariz, mas o fato é que a babá começou na segunda e terminou na quinta. Disse que tinha pintado outra oportunidade profissional, etc. “Obrigada por tudo”, “tchau Nícolas”, “boa sorte” e lá foi a mocinha embora! Eu devo confessar que senti um certo alívio e fiquei feliz de passar a tarde inteira sozinha com o meu pequeno de novo. Talvez eu seja um tanto ciumenta, porque, se eu pudesse, não dividia com ninguém os banhos do meu picurruxo, as trocas de fraldas, as brincadeiras no colchão. Mas também quero retomar a minha vida profissional, ter tempo para fazer as unhas, cortar os cabelos, quem sabe ir ao cinema e jantar fora? Não se pode ter tudo. Por isso, na próxima segunda já vamos fazer uma nova experiência. Desta vez é uma senhora, com os seus quarenta e poucos anos. Na entrevista chegou aqui de calça jeans e tênis, perguntando se podia estacionar a bicicleta no rol de entrada do prédio. Gostei da espontaneidade alegre, do brilho nos olhos quando falou dos netos, dela ter feito questão de dizer os nomes de cada uma das crianças que ela ajudou a criar. Tem um jeitão de avó moderninha e um sotaque mineiro que, por si só, já divertiu o Nícolas. Torço para que dê certo. E para que o Nícolas, qualquer dia desses, corte meu coração dando tchauzinho para a mamãe, alegremente agarrado no colo dessa senhora meio maluca.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Tem hora que ser mãe é f.!

Não costumo falar palavrão, mas tem hora que ser mãe é foda! Nícolas, esta noite, acordou quase que de hora em hora e, em todas as vezes, parecia estar com a fome de quem não come há um mês. Depois, às 6:30hs, decidiu que já tinha dormido bastante e que era hora de brincar.
Ainda tentei a técnica de falar baixinho, não abrir a cortina, fingir que ainda era noite e fazê-lo dormir de novo, mas nada foi capaz de demovê-lo da idéia fixa de que tinha amanhecido, embora o próprio sol ainda estivesse com preguiça de aparecer.
Só me restou a resignação. Troquei de roupa, tomei meu café da manhã com um bebezinho me olhando impaciente do carrinho e, às 7:30, já estava na rua para um passeio com o meu pequeno.
Até que o dia tava bonito, até que é bom o vento fresco da manhã, até que tem sua graça ver as lojas se abrindo, a cidade acordando... E quem precisa de dormir? Pensava tudo isso quando lancei meu olhar lânguido para o Nícolas que... já satisfeito de acordar a mamãe, tinha dormido de novo!
É por isso que eu digo: tem hora que ser mãe é #@%&*.!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Primeiras delícias da maternidade

Dia desses li uma crônica de José de Alencar em que ele falava das máquinas de coser, invento moderno, surgido no Brasil na época em que a crônica foi escrita. Mencionava, já com algum saudosismo, que estas máquinas iriam fazer desaparecer a figura da mãe, que com talento e paciência, costurava camisinhas de cambraia para o filho, “primeiras delícias da maternidade”, como ele descreveu. De fato, já vai longe o tempo em que as mães costuravam, com as próprias mãos, o enxoval do filho, mas isso não fez desaparecer a ternura, a dedicação e o amor com que as mães, desde sempre, se preparam para a chegada do seu bebê.
Eu fiz questão de lavar e passar as primeiras peças que comprei para o enxoval do Nícolas. E passei horas no seu quartinho, guardando tudo da forma que me pareceu mais conveniente. E, enquanto fazia isso, minha mente era povoada com os melhores pensamentos, com os sentimentos mais puros; sentia-me flutuar, sonhando com a realidade que me esperava. Não tenho dúvidas de que vivi, ali, as “primeiras delícias da maternidade”, igualzinho àquelas mães, do tempo de José de Alencar.
Eu penso que toda mãe também desfruta, a seu modo, essa delícia que é preparar-se para a chegada do seu bebê. Isso me fez pensar que o sentimento de mãe é atemporal e não tem modernidade capaz de suplantar o prazer de viver a espera do filho.
Portanto, Alencar, as máquinas de coser vão chegar, assim como as máquinas de lavar e as fraldas descartáveis, mas não se preocupe, porque o que é divino é também eterno e as mães serão sempre mães, apesar da globalização, do trabalho, do pouco tempo...

"Blim, blão" e não "pim"!

Ontem foi o primeiro dia da babá aqui em casa. Quando o Nícolas foi apresentado à “moça que vai ajudar a mamãe a cuidar dele” ficou olhando intrigado por alguns instantes e depois abriu um grande sorriso. Tinha decidido que gostava dela. (Os bebês são tão simples em suas apreciações!!)
Depois de toda uma manhã mostrando como trocar a fralda, dar banho, “ele gosta de brincar assim”, “é melhor carregar assado”, achei que a moça já estava apta a ficar com o meu pequeno, sozinha, por alguns minutos. Fiquei na sala, ouvindo a brincadeira do quarto.
Estava tudo indo bem, e eu me segurando para não ir lá e roubar um beijo, quando ouvi a moça dizendo:- “Janela, janelinha, porta, campainha: PIM!”
“PIM”?!, mas o nariz dele faz “blim, blão”! Sempre foi “blim, blão”, desde o primeiro dia!
Por pouco não fui lá, corrigir o engano. A sorte é que, apesar dos meus devaneios de mãe, ainda me resta um pouco de bom senso. Imagino o diálogo: - Fulana, você está indo muito bem, mas devo dizer que o nariz dele faz “blim, blão” e não “pim”. E ela responderia: - Ah, sim! Desculpe. Fique tranqüila, não vai acontecer de novo!
Céus!! E eu que pensava que seria uma mãe equilibrada, sem culpa ou medos desnecessários. Mais um pouco e eu vou querer que a moça trabalhe com uma máscara com a minha cara, para o meu picurruxo se sentir mais à vontade...
Enquanto isso, o Nícolas tava lá, todo sorridente, brincando com moça diferente, achando uma diversão o nariz que faz “PIM”!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Pensando no futuro

Depois que fiquei grávida passei a ver mulheres grávidas por todo lado. Agora vejo bebês. Alguns pouco mais novos, outros pouco mais velhos do que o Nícolas. Fico olhando aquelas carinhas fofas e pensando que alguns desses bebezinhos serão amigos do meu pequeno. Alguma ou algumas daquelas menininhas de lacinhos colados na cabeça serão suas namoradas. Uma delas, possivelmente, se tornará sua esposa.
Fico imaginando que, algum dia, nem tão distante quanto parece, o Nícolas entrará em casa e contará, com a voz grossa, as histórias de sua própria vida. Imagino se, nesse dia, conseguirei lembrar, com nitidez, do jeito que ele faz com a boca quando larga o peito, já satisfeito, de como espreguiça todo quando o coloco no berço, dos seus olhinhos atentos, descobrindo o mundo. Imagino se será possível reconhecer, no homem que virá, o bebezinho que vi hoje, no supermercado, se divertindo com os próprios pés, contente com essa surpreendente descoberta.
E é por isso que não me canso de olhar para aquela coisinha fofa no berço. Tento guardar, em meu coração e na minha consciência, esses momentos mágicos, pensando que não serão os únicos. Quem sabe o que mais me reserva o futuro?

sábado, 15 de setembro de 2007

Oferta de emprego

Precisa-se de babá para cuidar de bebê de 4 meses, durante o período da tarde
Desejável que saiba sorrir e fazer sorrir, que goste de inventar músicas e histórias, que possa imitar o pato, o sapo, a vaca e o porquinho, que goste de sentar no chão, de tirar os sapatos, que aceite rolar no colchão e que sinta cócegas.
É preciso que tenha um nariz que seja também campainha, que saiba grudar como carrapatinho e, de repente, se transformar em um monstro beijoqueiro.
Precisa gostar de gargalhar e saber fazer “brruuuuu” com a boca.
É necessário que saiba conversar com pés, mãos e barrigas e consiga convencer um pijama de que ele precisa ser vestido.
É imprescindível ser criança, sem deixar de ser adulto.
É preciso ser feliz.
Salário certamente incompatível com a função.
Interessados entrar em contato urgente.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (Parte I)
Inauguro hoje a série “de mãe para mãe” com dicas para a compra do enxoval do seu bebê. Começo com algumas premissas básicas:
1. Não peça dicas à sua mãe ou sogra achando que elas são experientes e podem te dizer o que é realmente útil ou não.
Fato: sua mãe e sogra tiveram bebês há mais de 20 anos e, ou estão desatualizadas com as últimas tendências e irão te convencer que conjunto pagão é o item mais importante do enxoval, ou elas simplesmente não se lembram de nada. (As mães dessa época parecem ter sofrido de súbita amnésia logo depois que seus filhos completaram dois anos. Também, pudera, elas usavam fraldas de pano e davam banho em banheiras que ficavam em cima da cama... se não tivessem amnésia todas teriam tido um só filho!)
2. Não confie na lista de enxoval oferecida pelas lojas especializadas.
Fato: As lojas querem vender. Por mais bem intencionada que a vendedora pareça ela vai querer te convencer que termômetro de banheira é item essencial ou que seu bebê, que vai nascer no verão, precisa de sete macacões de plush. Por outro lado, ela não vai nem mencionar itens realmente úteis, mas que a loja não vende.
3. Não confie nas listas de enxoval apresentadas pelas revistas.
Fato: Essas listas são copiadas de matérias antigas, ou não são feitas por mães modernas ou as revistas querem fazer propaganda dos produtos que elas anunciam ou sei-lá-o-quê! O fato é que essas listas também não ajudam muita coisa e, embora sejam atuais, ainda recomendam a compra de cueiros e conjuntos-pagão.
4.Não existe uma lista única e universal que seja perfeita para todas as mães.
Fato: Cada bebê é único e cada mãe é única. O que é importante para mim pode não ser para você. Uma mãe, por exemplo, me disse que era fundamental comprar protetor para o bebê-conforto, porque os bebês golfam muito e assim ela lavava apenas o protetor. Achei que era justificável a necessidade e comprei o tal do protetor. Conclusão: O Nícolas raramente golfa e o protetor parece incomodá-lo. Ou seja, nunca usei. Item inútil para mim.
Antes que você se desespere e pense que está fadada a gastar horrores em coisas inúteis ou deixar de comprar o básico, seguem algumas recomendações de uma mãe que já passou por esse desespero:
- Procure familiarizar-se com o dia-a-dia de um bebê. Se você tem uma irmã, prima ou amiga que teve filho recentemente, grude nela. Passe um dia fazendo companhia e ajudando a cuidar do bebê e você já terá alguma segurança para comprar o enxoval do seu pequeno. Se você não tiver nenhuma mãe disponível, compre um livro sobre cuidados com bebês ou faça um curso de gestantes, ou as duas coisas.
- Aprenda o nome das coisas. Existe todo um universo infantil que você precisa descobrir. Procure saber o que é um cueiro, conjunto-pagão, bodie, macacão de plush, mijão (detesto esse nome!), etc. Em outra ocasião eu publico um glossário para ajudá-la nessa tarefa.
- Você não precisa comprar tudo como se preparasse para ficar em um abrigo de guerra. Embora seja difícil, é possível sair de casa depois que o bebê nascer e você poderá comprar alguma coisa que ficou faltando ou que, de repente, se tornou indispensável.
- Deixe para comprar pomada para prevenção de assaduras, sabonete, gaze, álcool, itens de farmácia em geral, depois que o bebê nascer. O pediatra vai te orientar em relação aos cuidados com o bebê e, provavelmente, vai recomendar alguma marca específica.
- Por fim, leve em consideração o clima de quando o bebê vai nascer e não compre roupas difíceis de vestir, de lavar, de passar ou que ofereçam resistência às trocas de fraldas.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Série "as 10 mais"

As 10 melhores coisas de ser mãe:
  1. Passear com o seu pequeno e ouvir comentários tipo: “como ele é lindo!”, “que fofo!”, “olha que gracinha!”
  2. Acordar cedinho e ser saudada por um lindo sorriso acompanhado de festa com os bracinhos e perninhas vindo do berço;
  3. Inventar histórias em que barrigas e orelhas falam; fazer passos de dança malucos, criar músicas sem nenhuma rima e não ser considerada louca;
  4. Ter o seu pequeno no colo, totalmente confiante e entregue;
  5. Dar de mamar segurando as mãozinhas minúsculas;
  6. Comprar roupinhas, sapatinhos, bonezinhos e todos os “inhos” de bebês, cada um mais lindo que o outro!
  7. Vestir todas essas coisas fofas no seu pequeno e ficar satisfeita com a produção;
  8. Se sentir a mulher mais importante do mundo ao ver os olhinhos apaixonados do seu filho para você;
  9. Relaxar fazendo massagem no seu bebê enquanto ouve músicas tranqüilas de fazer dormir;
  10. Ver que o seu pequeno já aprendeu a sorrir, já descobriu as mãozinhas, já consegue segurar o pé, levanta a cabeça... cresce e se desenvolve cada dia mais!

Nem em sonho...

Na porta do cinema, encontramos alguns amigos. Compramos pipoca, chocolate, guloseimas em geral. Entramos, nos acomodamos confortavelmente - nem muito à frente, nem muito atrás. Perfeito! As luzes se apagam. O filme vai começar. O leão aparece na tela e...
- Aguuu!!
"Aguu"!? O Nícolas acordou. E eu também.
Moral da história: nem em sonho posso ir ao cinema!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Brincando de boneca

Descobri que uma das melhores coisas de ser mãe é vestir o seu pequeno. Abro a gaveta e começo: “Humm... Hoje está frio, então vamos colocar um macacão mais quentinho”, “o azul combina com o sapatinho verde”, “ já que vamos sair, vamos colocar também o gorrinho”. Depois da escolha, vem a diversão de vestir, pentear o cabelo e, por fim, ver o resultado final: que fofo ficou o meu bebê!
Dia desses recebi a visita de uma mãe, com a sua menininha. A mocinha estava uma graça, com presilhas no cabelo e saia cor-de-rosa. No decorrer da visita, o tempo esfriou e a mãe sacou da bolsinha um casaquinho transado. Esfriou mais um pouco e ela logo trocou a saia por uma calça jeans (fofa!). Eu também aproveitei a desculpa do tempo para colocar um moleton no meu pequeno, tirando a roupinha de surfista. A tarde seguiu com conversas, chá e pão de queijo.
Delícias de ser mãe: voltar a ser menina e passar a tarde batendo papo e tomando chá com as amiguinhas, enquanto vestimos e desvestimos nossas bonecas!
Assim como os homens nunca crescem e continuam gostando de carrinhos de controle remoto e video game, as mulheres também são, por toda vida, meninas que adoram brincar de boneca.

Impulso materno-literário

Desde que me tornei mãe (há pouco mais de três meses), senti crescer em mim o desejo de escrever. Talvez seja a vontade de entender os inúmeros sentimentos, alguns dúbios, que chegaram junto com aquele primeiro choro do meu pequeno Nícolas, talvez seja o desespero-cômico de algumas situações que passei a viver, ou o estímulo das inúmeras leituras de livros, revistas, sites e blogs voltados para o universo materno que passaram a fazer parte do meu dia-a-dia. O fato é que resolvi atender este súbito impulso materno-literário e, para isso, nada melhor do que um blog – suficientemente informal para que eu não precise me preocupar com estilos e forma, e devidamente público, já que todo escrito quer ser lido.
Evito fazer promessas a mim mesma, tipo "vou escrever todo dia" ou "vou escrever crônicas e poemas" ou " vou escrever dicas para mães de primeira viagem" ou qualquer coisa assim. Prefiro pensar que esse será um espaço para dar vazão aos inúmeros pensamentos que aparecem no meu dia-a-dia, no meu ócio-ocupado de mãe. Simples assim. Fácil assim. Descompromissado assim.