Vivemos em um mundo apressado. Isso não é novidade nenhuma. Falta tempo, sobram "necessidades".
E nesse corre- corre da vida, às vezes me pego querendo que a Cecília tenha 3 anos, ou 6, ou 9, que já tenha idade para ir ao balé, que já saiba nadar, que traga amigas para um chá de bonecas. Ou querendo um Nícolas crescido, com dever de casa, ou até com uma voz grossa pedindo o carro emprestado.
Mas meus filhos crescem devagar. Graças a Deus! E é no dia-a-dia que vamos formando as recordações realmente importantes: os passeios no Praia Clube, as torcidas pelas panquecas da mamãe no café da manhã, os piqueniques de pipoca... E antes que cheguem em casa com a notícia de que se vão quero contabilizar mais de mil beijos babados, cerca de um trilhão de risadas, e muitos, muitos momentos simples do dia-a-dia para recordar. Recordações de um tempo que quero que seja eterno. Para isso, como Lenine, canto todos os dias que" a vida pede um pouco mais de calma, um pouco mais de paciência..."