sábado, 29 de setembro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (Parte II)
Conforme prometido, segue pequeno glossário de itens do universo infantil:
Almofada para amamentação: é uma almofada em forma de U que apóia o bebê no colo na hora da amamentação. Algumas lojas até bordam o nome do picurruxo. Fica bem bonitinho. Eu não comprei, depois me arrependi e, quando ia comprar, percebi que já não precisava mais. É que depois que o bebê cresce um pouquinho ele mesmo se apóia e a almofada não é mais necessária. Eu uso até hoje uma almofada comum, pequena, que a minha mãe bordou para mim (fofa!) apenas para apoiar o braço.
Body: item fundamental no enxoval de todo bebê. São aquelas blusinhas de malha, com botões no meio das pernas. Tem de todo jeito: manga comprida, manga curta, camiseta, para sair, básico, etc. Pode comprar muitos, porque é a melhor roupa para vestir um bebê. Ele fica confortável e muito fofo!
Conjunto pagão: item pré-histórico do enxoval do bebê que consiste em uma blusinha frente única e sem manga que se amarra no pescoço do pequeno (parte de trás), com um casaquinho que você coloca por cima e que se amarra no pescoço do pequeno (parte da frente) e uma calça. Pode ser de malha ou, pior ainda, de pano. Sua sogra e sua mãe vão dizer que é item fundamental no enxoval. Não caia na tentação. Apresente a elas o body e diga que esta é a versão moderna do conjunto pagão.
Cueiro: pano grande, de flanela, normalmente com bordado ou desenho em uma das pontas. Antigamente servia para enrolar os bebês, que ficavam parecendo um grande charuto. Hoje muitas pessoas dizem ser item desnecessário no enxoval. Eu discordo. O Nícolas tem quatro e usamos muito até hoje. Serve para cobrir a cadeirinha do carrinho de supermercado, como tapete para brincar, para esquentar ainda mais a manta em um dia muito frio, enfim, com criatividade, ele transforma-se em um pano multiuso, pronto para qualquer coisa.
Mijão: eu não sei qual a razão desse nome horrível, mas são aquelas calças de malha que fazem par com os bodies ou blusinhas. Nas lojas as vendedoras costumam piorar ainda mais o nome chamando de mijãozinho.
Vira manta: mais um item pré-histórico do enxoval do bebê. Parece tratar-se de um pano triangular bordado que você deve colocar dentro da manta para proteger o bebê da própria manta (?!). Nunca vi uma ao vivo, apesar de ter procurado bastante, já que deveria comprar duas segundo a lista da minha revista. Não encontrei quem vendesse o tal artigo e não senti a menor falta.
Kit berço: item que se tornou fundamental no enxoval de qualquer bebê moderno. Tem mais utilidade decorativa do que prática, mas vale a pena. Consiste em protetores para o berço e edredom, bem como almofada para o trocador. Algumas lojas fazem com os motivos que você quiser. Eu inovei e acrescentei ao kit berço dois sacos de pano que ficam pendurados, como cortina, próximo ao trocador. Um deles eu uso para colocar a roupa suja e o outro para colocar as fraldas limpas. Ficou ótimo. Decorativo e super prático.
Kit higiene: outro item fundamental no enxoval dos bebês modernos. É composto por uma garrafa térmica e potes para algodão e cotonetes. Alguns também vêem com uma lixeira. É mais caro do que merece, mas é bastante útil se você não for usar lenços umedecidos todos os dias. Você pode optar por comprar os itens separados que sai mais barato.

E lá vem outra babá!...

Eu juro que não fiz mandinga e nem mencionei a história do nariz, mas o fato é que a babá começou na segunda e terminou na quinta. Disse que tinha pintado outra oportunidade profissional, etc. “Obrigada por tudo”, “tchau Nícolas”, “boa sorte” e lá foi a mocinha embora! Eu devo confessar que senti um certo alívio e fiquei feliz de passar a tarde inteira sozinha com o meu pequeno de novo. Talvez eu seja um tanto ciumenta, porque, se eu pudesse, não dividia com ninguém os banhos do meu picurruxo, as trocas de fraldas, as brincadeiras no colchão. Mas também quero retomar a minha vida profissional, ter tempo para fazer as unhas, cortar os cabelos, quem sabe ir ao cinema e jantar fora? Não se pode ter tudo. Por isso, na próxima segunda já vamos fazer uma nova experiência. Desta vez é uma senhora, com os seus quarenta e poucos anos. Na entrevista chegou aqui de calça jeans e tênis, perguntando se podia estacionar a bicicleta no rol de entrada do prédio. Gostei da espontaneidade alegre, do brilho nos olhos quando falou dos netos, dela ter feito questão de dizer os nomes de cada uma das crianças que ela ajudou a criar. Tem um jeitão de avó moderninha e um sotaque mineiro que, por si só, já divertiu o Nícolas. Torço para que dê certo. E para que o Nícolas, qualquer dia desses, corte meu coração dando tchauzinho para a mamãe, alegremente agarrado no colo dessa senhora meio maluca.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Tem hora que ser mãe é f.!

Não costumo falar palavrão, mas tem hora que ser mãe é foda! Nícolas, esta noite, acordou quase que de hora em hora e, em todas as vezes, parecia estar com a fome de quem não come há um mês. Depois, às 6:30hs, decidiu que já tinha dormido bastante e que era hora de brincar.
Ainda tentei a técnica de falar baixinho, não abrir a cortina, fingir que ainda era noite e fazê-lo dormir de novo, mas nada foi capaz de demovê-lo da idéia fixa de que tinha amanhecido, embora o próprio sol ainda estivesse com preguiça de aparecer.
Só me restou a resignação. Troquei de roupa, tomei meu café da manhã com um bebezinho me olhando impaciente do carrinho e, às 7:30, já estava na rua para um passeio com o meu pequeno.
Até que o dia tava bonito, até que é bom o vento fresco da manhã, até que tem sua graça ver as lojas se abrindo, a cidade acordando... E quem precisa de dormir? Pensava tudo isso quando lancei meu olhar lânguido para o Nícolas que... já satisfeito de acordar a mamãe, tinha dormido de novo!
É por isso que eu digo: tem hora que ser mãe é #@%&*.!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Primeiras delícias da maternidade

Dia desses li uma crônica de José de Alencar em que ele falava das máquinas de coser, invento moderno, surgido no Brasil na época em que a crônica foi escrita. Mencionava, já com algum saudosismo, que estas máquinas iriam fazer desaparecer a figura da mãe, que com talento e paciência, costurava camisinhas de cambraia para o filho, “primeiras delícias da maternidade”, como ele descreveu. De fato, já vai longe o tempo em que as mães costuravam, com as próprias mãos, o enxoval do filho, mas isso não fez desaparecer a ternura, a dedicação e o amor com que as mães, desde sempre, se preparam para a chegada do seu bebê.
Eu fiz questão de lavar e passar as primeiras peças que comprei para o enxoval do Nícolas. E passei horas no seu quartinho, guardando tudo da forma que me pareceu mais conveniente. E, enquanto fazia isso, minha mente era povoada com os melhores pensamentos, com os sentimentos mais puros; sentia-me flutuar, sonhando com a realidade que me esperava. Não tenho dúvidas de que vivi, ali, as “primeiras delícias da maternidade”, igualzinho àquelas mães, do tempo de José de Alencar.
Eu penso que toda mãe também desfruta, a seu modo, essa delícia que é preparar-se para a chegada do seu bebê. Isso me fez pensar que o sentimento de mãe é atemporal e não tem modernidade capaz de suplantar o prazer de viver a espera do filho.
Portanto, Alencar, as máquinas de coser vão chegar, assim como as máquinas de lavar e as fraldas descartáveis, mas não se preocupe, porque o que é divino é também eterno e as mães serão sempre mães, apesar da globalização, do trabalho, do pouco tempo...

"Blim, blão" e não "pim"!

Ontem foi o primeiro dia da babá aqui em casa. Quando o Nícolas foi apresentado à “moça que vai ajudar a mamãe a cuidar dele” ficou olhando intrigado por alguns instantes e depois abriu um grande sorriso. Tinha decidido que gostava dela. (Os bebês são tão simples em suas apreciações!!)
Depois de toda uma manhã mostrando como trocar a fralda, dar banho, “ele gosta de brincar assim”, “é melhor carregar assado”, achei que a moça já estava apta a ficar com o meu pequeno, sozinha, por alguns minutos. Fiquei na sala, ouvindo a brincadeira do quarto.
Estava tudo indo bem, e eu me segurando para não ir lá e roubar um beijo, quando ouvi a moça dizendo:- “Janela, janelinha, porta, campainha: PIM!”
“PIM”?!, mas o nariz dele faz “blim, blão”! Sempre foi “blim, blão”, desde o primeiro dia!
Por pouco não fui lá, corrigir o engano. A sorte é que, apesar dos meus devaneios de mãe, ainda me resta um pouco de bom senso. Imagino o diálogo: - Fulana, você está indo muito bem, mas devo dizer que o nariz dele faz “blim, blão” e não “pim”. E ela responderia: - Ah, sim! Desculpe. Fique tranqüila, não vai acontecer de novo!
Céus!! E eu que pensava que seria uma mãe equilibrada, sem culpa ou medos desnecessários. Mais um pouco e eu vou querer que a moça trabalhe com uma máscara com a minha cara, para o meu picurruxo se sentir mais à vontade...
Enquanto isso, o Nícolas tava lá, todo sorridente, brincando com moça diferente, achando uma diversão o nariz que faz “PIM”!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Pensando no futuro

Depois que fiquei grávida passei a ver mulheres grávidas por todo lado. Agora vejo bebês. Alguns pouco mais novos, outros pouco mais velhos do que o Nícolas. Fico olhando aquelas carinhas fofas e pensando que alguns desses bebezinhos serão amigos do meu pequeno. Alguma ou algumas daquelas menininhas de lacinhos colados na cabeça serão suas namoradas. Uma delas, possivelmente, se tornará sua esposa.
Fico imaginando que, algum dia, nem tão distante quanto parece, o Nícolas entrará em casa e contará, com a voz grossa, as histórias de sua própria vida. Imagino se, nesse dia, conseguirei lembrar, com nitidez, do jeito que ele faz com a boca quando larga o peito, já satisfeito, de como espreguiça todo quando o coloco no berço, dos seus olhinhos atentos, descobrindo o mundo. Imagino se será possível reconhecer, no homem que virá, o bebezinho que vi hoje, no supermercado, se divertindo com os próprios pés, contente com essa surpreendente descoberta.
E é por isso que não me canso de olhar para aquela coisinha fofa no berço. Tento guardar, em meu coração e na minha consciência, esses momentos mágicos, pensando que não serão os únicos. Quem sabe o que mais me reserva o futuro?

sábado, 15 de setembro de 2007

Oferta de emprego

Precisa-se de babá para cuidar de bebê de 4 meses, durante o período da tarde
Desejável que saiba sorrir e fazer sorrir, que goste de inventar músicas e histórias, que possa imitar o pato, o sapo, a vaca e o porquinho, que goste de sentar no chão, de tirar os sapatos, que aceite rolar no colchão e que sinta cócegas.
É preciso que tenha um nariz que seja também campainha, que saiba grudar como carrapatinho e, de repente, se transformar em um monstro beijoqueiro.
Precisa gostar de gargalhar e saber fazer “brruuuuu” com a boca.
É necessário que saiba conversar com pés, mãos e barrigas e consiga convencer um pijama de que ele precisa ser vestido.
É imprescindível ser criança, sem deixar de ser adulto.
É preciso ser feliz.
Salário certamente incompatível com a função.
Interessados entrar em contato urgente.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (Parte I)
Inauguro hoje a série “de mãe para mãe” com dicas para a compra do enxoval do seu bebê. Começo com algumas premissas básicas:
1. Não peça dicas à sua mãe ou sogra achando que elas são experientes e podem te dizer o que é realmente útil ou não.
Fato: sua mãe e sogra tiveram bebês há mais de 20 anos e, ou estão desatualizadas com as últimas tendências e irão te convencer que conjunto pagão é o item mais importante do enxoval, ou elas simplesmente não se lembram de nada. (As mães dessa época parecem ter sofrido de súbita amnésia logo depois que seus filhos completaram dois anos. Também, pudera, elas usavam fraldas de pano e davam banho em banheiras que ficavam em cima da cama... se não tivessem amnésia todas teriam tido um só filho!)
2. Não confie na lista de enxoval oferecida pelas lojas especializadas.
Fato: As lojas querem vender. Por mais bem intencionada que a vendedora pareça ela vai querer te convencer que termômetro de banheira é item essencial ou que seu bebê, que vai nascer no verão, precisa de sete macacões de plush. Por outro lado, ela não vai nem mencionar itens realmente úteis, mas que a loja não vende.
3. Não confie nas listas de enxoval apresentadas pelas revistas.
Fato: Essas listas são copiadas de matérias antigas, ou não são feitas por mães modernas ou as revistas querem fazer propaganda dos produtos que elas anunciam ou sei-lá-o-quê! O fato é que essas listas também não ajudam muita coisa e, embora sejam atuais, ainda recomendam a compra de cueiros e conjuntos-pagão.
4.Não existe uma lista única e universal que seja perfeita para todas as mães.
Fato: Cada bebê é único e cada mãe é única. O que é importante para mim pode não ser para você. Uma mãe, por exemplo, me disse que era fundamental comprar protetor para o bebê-conforto, porque os bebês golfam muito e assim ela lavava apenas o protetor. Achei que era justificável a necessidade e comprei o tal do protetor. Conclusão: O Nícolas raramente golfa e o protetor parece incomodá-lo. Ou seja, nunca usei. Item inútil para mim.
Antes que você se desespere e pense que está fadada a gastar horrores em coisas inúteis ou deixar de comprar o básico, seguem algumas recomendações de uma mãe que já passou por esse desespero:
- Procure familiarizar-se com o dia-a-dia de um bebê. Se você tem uma irmã, prima ou amiga que teve filho recentemente, grude nela. Passe um dia fazendo companhia e ajudando a cuidar do bebê e você já terá alguma segurança para comprar o enxoval do seu pequeno. Se você não tiver nenhuma mãe disponível, compre um livro sobre cuidados com bebês ou faça um curso de gestantes, ou as duas coisas.
- Aprenda o nome das coisas. Existe todo um universo infantil que você precisa descobrir. Procure saber o que é um cueiro, conjunto-pagão, bodie, macacão de plush, mijão (detesto esse nome!), etc. Em outra ocasião eu publico um glossário para ajudá-la nessa tarefa.
- Você não precisa comprar tudo como se preparasse para ficar em um abrigo de guerra. Embora seja difícil, é possível sair de casa depois que o bebê nascer e você poderá comprar alguma coisa que ficou faltando ou que, de repente, se tornou indispensável.
- Deixe para comprar pomada para prevenção de assaduras, sabonete, gaze, álcool, itens de farmácia em geral, depois que o bebê nascer. O pediatra vai te orientar em relação aos cuidados com o bebê e, provavelmente, vai recomendar alguma marca específica.
- Por fim, leve em consideração o clima de quando o bebê vai nascer e não compre roupas difíceis de vestir, de lavar, de passar ou que ofereçam resistência às trocas de fraldas.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Série "as 10 mais"

As 10 melhores coisas de ser mãe:
  1. Passear com o seu pequeno e ouvir comentários tipo: “como ele é lindo!”, “que fofo!”, “olha que gracinha!”
  2. Acordar cedinho e ser saudada por um lindo sorriso acompanhado de festa com os bracinhos e perninhas vindo do berço;
  3. Inventar histórias em que barrigas e orelhas falam; fazer passos de dança malucos, criar músicas sem nenhuma rima e não ser considerada louca;
  4. Ter o seu pequeno no colo, totalmente confiante e entregue;
  5. Dar de mamar segurando as mãozinhas minúsculas;
  6. Comprar roupinhas, sapatinhos, bonezinhos e todos os “inhos” de bebês, cada um mais lindo que o outro!
  7. Vestir todas essas coisas fofas no seu pequeno e ficar satisfeita com a produção;
  8. Se sentir a mulher mais importante do mundo ao ver os olhinhos apaixonados do seu filho para você;
  9. Relaxar fazendo massagem no seu bebê enquanto ouve músicas tranqüilas de fazer dormir;
  10. Ver que o seu pequeno já aprendeu a sorrir, já descobriu as mãozinhas, já consegue segurar o pé, levanta a cabeça... cresce e se desenvolve cada dia mais!

Nem em sonho...

Na porta do cinema, encontramos alguns amigos. Compramos pipoca, chocolate, guloseimas em geral. Entramos, nos acomodamos confortavelmente - nem muito à frente, nem muito atrás. Perfeito! As luzes se apagam. O filme vai começar. O leão aparece na tela e...
- Aguuu!!
"Aguu"!? O Nícolas acordou. E eu também.
Moral da história: nem em sonho posso ir ao cinema!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Brincando de boneca

Descobri que uma das melhores coisas de ser mãe é vestir o seu pequeno. Abro a gaveta e começo: “Humm... Hoje está frio, então vamos colocar um macacão mais quentinho”, “o azul combina com o sapatinho verde”, “ já que vamos sair, vamos colocar também o gorrinho”. Depois da escolha, vem a diversão de vestir, pentear o cabelo e, por fim, ver o resultado final: que fofo ficou o meu bebê!
Dia desses recebi a visita de uma mãe, com a sua menininha. A mocinha estava uma graça, com presilhas no cabelo e saia cor-de-rosa. No decorrer da visita, o tempo esfriou e a mãe sacou da bolsinha um casaquinho transado. Esfriou mais um pouco e ela logo trocou a saia por uma calça jeans (fofa!). Eu também aproveitei a desculpa do tempo para colocar um moleton no meu pequeno, tirando a roupinha de surfista. A tarde seguiu com conversas, chá e pão de queijo.
Delícias de ser mãe: voltar a ser menina e passar a tarde batendo papo e tomando chá com as amiguinhas, enquanto vestimos e desvestimos nossas bonecas!
Assim como os homens nunca crescem e continuam gostando de carrinhos de controle remoto e video game, as mulheres também são, por toda vida, meninas que adoram brincar de boneca.

Impulso materno-literário

Desde que me tornei mãe (há pouco mais de três meses), senti crescer em mim o desejo de escrever. Talvez seja a vontade de entender os inúmeros sentimentos, alguns dúbios, que chegaram junto com aquele primeiro choro do meu pequeno Nícolas, talvez seja o desespero-cômico de algumas situações que passei a viver, ou o estímulo das inúmeras leituras de livros, revistas, sites e blogs voltados para o universo materno que passaram a fazer parte do meu dia-a-dia. O fato é que resolvi atender este súbito impulso materno-literário e, para isso, nada melhor do que um blog – suficientemente informal para que eu não precise me preocupar com estilos e forma, e devidamente público, já que todo escrito quer ser lido.
Evito fazer promessas a mim mesma, tipo "vou escrever todo dia" ou "vou escrever crônicas e poemas" ou " vou escrever dicas para mães de primeira viagem" ou qualquer coisa assim. Prefiro pensar que esse será um espaço para dar vazão aos inúmeros pensamentos que aparecem no meu dia-a-dia, no meu ócio-ocupado de mãe. Simples assim. Fácil assim. Descompromissado assim.