segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Série "de mãe para mãe"

Comprar ou não comprar – a novela do enxoval (Parte I)
Inauguro hoje a série “de mãe para mãe” com dicas para a compra do enxoval do seu bebê. Começo com algumas premissas básicas:
1. Não peça dicas à sua mãe ou sogra achando que elas são experientes e podem te dizer o que é realmente útil ou não.
Fato: sua mãe e sogra tiveram bebês há mais de 20 anos e, ou estão desatualizadas com as últimas tendências e irão te convencer que conjunto pagão é o item mais importante do enxoval, ou elas simplesmente não se lembram de nada. (As mães dessa época parecem ter sofrido de súbita amnésia logo depois que seus filhos completaram dois anos. Também, pudera, elas usavam fraldas de pano e davam banho em banheiras que ficavam em cima da cama... se não tivessem amnésia todas teriam tido um só filho!)
2. Não confie na lista de enxoval oferecida pelas lojas especializadas.
Fato: As lojas querem vender. Por mais bem intencionada que a vendedora pareça ela vai querer te convencer que termômetro de banheira é item essencial ou que seu bebê, que vai nascer no verão, precisa de sete macacões de plush. Por outro lado, ela não vai nem mencionar itens realmente úteis, mas que a loja não vende.
3. Não confie nas listas de enxoval apresentadas pelas revistas.
Fato: Essas listas são copiadas de matérias antigas, ou não são feitas por mães modernas ou as revistas querem fazer propaganda dos produtos que elas anunciam ou sei-lá-o-quê! O fato é que essas listas também não ajudam muita coisa e, embora sejam atuais, ainda recomendam a compra de cueiros e conjuntos-pagão.
4.Não existe uma lista única e universal que seja perfeita para todas as mães.
Fato: Cada bebê é único e cada mãe é única. O que é importante para mim pode não ser para você. Uma mãe, por exemplo, me disse que era fundamental comprar protetor para o bebê-conforto, porque os bebês golfam muito e assim ela lavava apenas o protetor. Achei que era justificável a necessidade e comprei o tal do protetor. Conclusão: O Nícolas raramente golfa e o protetor parece incomodá-lo. Ou seja, nunca usei. Item inútil para mim.
Antes que você se desespere e pense que está fadada a gastar horrores em coisas inúteis ou deixar de comprar o básico, seguem algumas recomendações de uma mãe que já passou por esse desespero:
- Procure familiarizar-se com o dia-a-dia de um bebê. Se você tem uma irmã, prima ou amiga que teve filho recentemente, grude nela. Passe um dia fazendo companhia e ajudando a cuidar do bebê e você já terá alguma segurança para comprar o enxoval do seu pequeno. Se você não tiver nenhuma mãe disponível, compre um livro sobre cuidados com bebês ou faça um curso de gestantes, ou as duas coisas.
- Aprenda o nome das coisas. Existe todo um universo infantil que você precisa descobrir. Procure saber o que é um cueiro, conjunto-pagão, bodie, macacão de plush, mijão (detesto esse nome!), etc. Em outra ocasião eu publico um glossário para ajudá-la nessa tarefa.
- Você não precisa comprar tudo como se preparasse para ficar em um abrigo de guerra. Embora seja difícil, é possível sair de casa depois que o bebê nascer e você poderá comprar alguma coisa que ficou faltando ou que, de repente, se tornou indispensável.
- Deixe para comprar pomada para prevenção de assaduras, sabonete, gaze, álcool, itens de farmácia em geral, depois que o bebê nascer. O pediatra vai te orientar em relação aos cuidados com o bebê e, provavelmente, vai recomendar alguma marca específica.
- Por fim, leve em consideração o clima de quando o bebê vai nascer e não compre roupas difíceis de vestir, de lavar, de passar ou que ofereçam resistência às trocas de fraldas.

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