sexta-feira, 30 de maio de 2008

A volta da calça jeans

Um dos momentos mágicos da vida de uma mãe é o dia em que ela resolve experimentar a velha calça jeans que ficou mofando no armário por meses e, incrivelmente, ela serve!

Lá pelo quarto ou quinto mês de gravidez você nota que a calça está um pouco apertada; você está mesmo ansiosa para exibir a sua linda barriguinha e troca definitivamente a calça jeans por vestidinhos, batas, calças de malha.

Os meses vão passando e, por fim, você já não agüenta nem olhar para os seus lindos vestinhos, que, além do mais, já começam a ficar curtos, assim como as batas. Aquela barriga gigante começa a incomodar e, de repente, você sente enorme compaixão pelas pessoas gordas. Como esses seres conseguem viver com suas enormes panças, andando a passos de tartaruga e se cansando com meio metro de caminhada?

Aí chega o seu lindinho, ou lindinha e, apesar do seu pequenino já estar fora, a barriga continua por lá... Não se assuste se, eventualmente, você pensar ter sido vítima de erro médico. Não, não esqueceram nada dentro de você.

Mas você está muito envolvida com a sua nova função de mãe e decide não pensar neste problema por ora, como também decide não contar quantos dias não sai de casa ou quanto tempo não se arruma para um evento social; afinal, o seu bebê já resmunga no berço e é hora da rotina mamar-trocar fralda- brincar- fazer dormir.

Você se delicia com o seu novo papel de mãe.

Mas chega o dia, entretanto, que você se recorda de que tem outras vidas para viver, que há todo um universo para além da maternidade e, de soslaio, a sua calça jeans olha para você, lá do fundo do armário.

A calça jeans já não é mais apenas uma vestimenta. Ela é um símbolo. Representa tudo o que ficou esquecido por um tempo e que você chegou a pensar que nunca mais teria de volta.

Quando você consegue abotoar o seu bom e velho jeans você se sente a mulher mais poderosa do mundo; porque agora você tem tudo o que ficou pra trás, e ainda tem o pequeno resmungando no berço, enriquecendo sua vida de uma forma antes insuspeitada.

Sim, a volta da calça jeans é um momento mágico, em que se unem as duas, três, quatro, mil mulheres que há em você, todas lindamente vestidas de jeans, prontas para as maravilhosas aventuras da vida – todas elas, porque ser mãe é maravilhoso, mas ser mãe, esposa, profissional, amiga, filha... é muito melhor!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Série "de mãe para mãe" - viagens

O Nícolas completou 1 ano de idade com um currículo de viagens invejável: 1 viagem de avião para BH; 1 viagem de carro para Araxá; circuito Minas Gerais (Uberlândia - BH - Cel. Fabriciano – BH - Uberlândia), metade avião, metade carro; 2 viagens de carro para Goiânia; outra viagem de carro, desta vez com destino rural (Uberlândia – BH – Sítio Doce Vida – BH – Uberlândia); e, por fim, o ápice da minha loucura de mãe, circuito Estrada Real (Uberlândia – Campinas – Parati – Juiz de Fora – Itabira – BH – Uberlândia, Ufa!). Com tal credencial, me sinto no direito de escrever algumas dicas para viagens com bebês. Anotem:

1 - O mais importante de tudo: nunca, em tempo algum, considere a possibilidade de ficar fora de casa com o seu bebê por mais do que 7 dias. Após 7 dias não há mais roupas suficientes, não há mais fraldas suficientes, não há mais comida suficiente e, principalmente, acabou o seu estoque de boa vontade e disposição para trocas de fraldas na cama e banhos improvisados em banheiras ou piscinas infláveis no chão. Ah! Sem falar que o seu bebê já perdeu até a noção de dia e noite com a total falta de rotina;

2 – Para viagens de carro programe uma parada a cada três horas. Estudos científicos realizados por mim mesma em todas as nossas viagens provaram que este é o tempo máximo que um bebê consegue ficar preso dentro do carro sem iniciar um ataque fulminante de choro capaz de provocar um acidente automobilístico de conseqüências fatais. Portanto, leve a sério esta dica. Se for possível, planeje com antecedência todas as paradas, privilegiando os lugares limpos e, principalmente, com fraldários disponíveis.

3 – De avião ou carro (mas, principalmente, de avião), leve, como bagagem de mão, um kit sobrevivência para um dia inteiro. Isto significa: mamadeiras semi prontas (minha mãe me deu um potinho com divisórias que é o máximo para isto), almoço, jantar e lanchinhos da manhã e tarde (eu amo os potinhos da Nestlé. Tem gente que diz que não é saudável,,, Eu digo que é muito prático!), trocador portátil, fraldas descartáveis, lenços umedecidos, 2 mudas de roupas, casaco para o caso de esfriar, três ou quatro brinquedinhos para distrair o seu picurruxo e todo o seu estoque de brincadeiras.

4 – Dois ou três dias antes de viajar comece a anotar tudo o que você não poderá esquecer de levar. Isso facilita na hora de fazer a mala e evita o esquecimento de coisas essenciais. Coisas fáceis de esquecer, mas importantes: telefone do pediatra, tylenol (ou outro remédio para febre ou dor que o seu pequeno costuma tomar), termômetro.

5 – Aquele bercinho portátil pode ser muito útil. Os berços de hotéis (quanto têm) não são tão confortáveis e os parentes e amigos não são obrigados a terem berços disponíveis para eventuais hóspedes. Se vocês viajam muito vale a pena comprar um. Além do mais ele serve como cercadinho em casa.

6 – Para o banho, uma boa opção são as piscinas infláveis. Elas funcionam como banheira muito bem. (Claro, pelo prazo máximo de 7 dias, quando você começa a ficar definitivamente “descadeirada”).

7 - Comida. Esta sempre é uma parte difícil da bagagem. Quando o bebê é bem pequeno e ainda mama no peito, é fácil. Leve os peitões e está tudo resolvido. Quando começam as papinhas, começam os problemas. Levar papinhas prontas, congeladas, funciona bem se o lugar onde você for tiver frízer e microondas disponíveis. Coloque as papinhas prontas em potes na quantidade exata para uma ou duas refeições e congele. Leve em uma bolsa térmica com bastante gelo. O pote de papinha pronta, da Nestlé, é outra opção. Nesta última viagem levei uma caixa com milhares deles e foram a minha salvação! O Nícolas adora e come na temperatura ambiente. O problema é o pensamento recorrente de que tanta comida artificial não pode fazer bem... Mas, enfim, para viagens a lugares totalmente inóspitos para bebês ainda não descobri nada melhor. Fazer a papinha in loco é possível em poucas situações como, por exemplo, viagem para a casa da mãe ou da sogra. Se for o caso, aproveite.

8 – Não se esqueça da máquina fotográfica para registrar todas as carinhas lindas do seu picurruxo descobrindo o mundo! E aproveite o passeio. As viagens têm outro colorido quando se leva, na bagagem, um pequenino sem alça...