domingo, 4 de novembro de 2007

Socorro! Vamos ao restaurante!

Visitas em casa, eu cansada de colocar mesa, tirar mesa, come sobremesa, conversa no sofá, decidimos almoçar em restaurante. Restaurante no shopping, boa estrutura para bebês, boa comida, boa companhia, tudo para ser um bom programa. Ilusão desvanecida já no estacionamento. Lotado. No fraldário, os carrinhos estavam em falta. Podem esperar? Podemos, claro, o que se há de fazer? Tivemos sorte, esperamos pouco. Nícolas confortavelmente instalado, seguimos para o restaurante. Lotado. Podem esperar? Podemos, claro, o que se há de fazer? Já tínhamos usado nossa sorte no fraldário, esperamos muito. Mesas para quatro são as mais disputadas. Algumas voltas pelas lojas da redondeza, um pouco de conversa, muito “bilu-bilu”, fomos, enfim, chamados.

E foi aí que o problema começou. Acho que o Nícolas não gostou do restaurante. E, não gostando do restaurante, aproveitou para treinar novas habilidades. No caso, o grito. Saquei da bolsa mágica o trem, o peixe, o bico e, por fim, o Dino. Quando nem o Dino, seu brinquedo favorito, conseguiu convence-lo a parar de gritar, resolvi que aquilo já tinha ido longe demais. Deixei minha salada esfriando no prato (tudo bem, sem drama, a salada já é fria), peguei o pequenino no braço e saí do restaurante para uma conversa séria com aquele rapazinho. Usei o meu discurso sobre o cultivo da paciência e, por alguns instantes, achei que todo o meu esforço didático tinha adiantado alguma coisa, já que ele ficou quietinho nos meus braços. Voltei para o restaurante e descobri que, na verdade, todo o meu blá, blá, blá tinha dado sono, imediatamente dispersado pelo barulho do restaurante. Foi a vez do Fabrício tentar as táticas de pai. Colocou o pequenino no colo que, sem perder tempo, começou a explorar todos os itens da mesa, a começar, claro, pelo molho da massa, que estava no prato, ainda por terminar. Bagunça garantida. Quem salvou a situação foi o tio que, a essa altura, já tinha engolido todo o seu almoço e estava disponível para um passeio. Ufa! Ganhamos tempo para terminar o almoço, pagar a conta e, enfim, juntar o trem, o peixe, o bico, o Dino e ir embora, exaustos, mas ainda com disposição para um sorriso amarelo para nossos vizinhos de mesa.

Preciso, urgentemente, de um “manual de sobrevivência em restaurantes”, ou vou viver de “China in Box” e pizza. Alguém se habilita?

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