quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Série "esse não é meu"

Já dizia o ditado: “quem não chora não mama”. Pois então. Pedi um “manual de sobrevivência em restaurantes com bebês” e ganhei! E olhe que não é de qualquer um, mas de um pai que tem no currículo nada menos do que sete filhos (todos lindos!) e um neto (mais lindo do mundo inteiro). Como não sou egoísta, publico para todos as dicas que recebi. Obrigada papix! É bom saber que você não guardou rancor pelos montes de almoços frios que te fiz comer. (hehehe!)

Bebês – Vamos almoçar fora hoje?

Aí vão algumas dicas para quem não abre mão de comer fora de vez em quando. Falando apenas de almoço, pois um jantar romântico exige alteração na folga da babá ou aquela ajudinha da vovó. E não se fala mais nisto.

Primerio, escolha o horário certo. O bebês costumam dormir à tarde. Engane sua própria fome, se prepare para sair e calcule o horário da partida de forma que o tempo que você gastará até o restaurante, mais o tempo de espera pelo prato complete o horário em que ele vai dormir.

Depois escolha o restaurante certo. O local deve ser aberto, arejado, de preferência com pouco movimento. Restaurante com fila, nem pensar. Comida a quilo também não combina, pois enquanto o papai se serve a mamãe precisa ficar na mesa com o bebê e vice-versa. Aí será um almoço solo para ambos. Não é recomendável levar bebês em shoppings em qualquer ocasião, muito menos para almoçar. São locais feitos para excitar as pessoas. As luzes, o colorido e o movimento os deixam acesos demais.

Nunca escolha um restaurante caro. Isto é importante!

Durante a viagem de ida não o deixe dormir no carro. Leve brinquedos, mostre os carros ao lado, imite o canto do galo ou o barulho da moto. Faça qualquer coisa para mantê-lo acordado.

Ao chegar ao restaurante, escolha um canto onde o carrinho pode ficar perto da mesa, sem atrapalhar o movimento dos garçons. Fique com o pequeno no colo, para que ele não se canse do carrinho. Avalie se o seu cálculo de tempo funcionou. Se estiver longe do sono, peça um petisco e vá escolhendo o prato. Quando você sentir que chegou a hora, faça o pedido.

Você pode também fazer o pedido ao chegar e solicitar ao garçon que combine na cozinha uma espera do seu comando para servir. O prato vai ficar semi-pronto e virá rapidamente quando você autorizar.

Levante-se um pouco da mesa e ande calmamente pelo restaurante com o bebê. Finja que o está distraindo, mostrando as plantinhas ou o quadro e levante-o bem alto no colo para que todos o vejam. Você vai sentir os olhares, ouvir comentários baixinhos e muitos vão brincar com ele dizendo “que gracinha”, “como é lindo”. Este é o momento máximo do almoço. Afinal foi para isto que você veio.

Pronto. Agora pode mandar servir o almoço e colocá-lo no carrinho. Está na hora de dormir.

Neste ponto a sorte está lançada. Algumas coisas podem acontecer.

Se ele dormir realmente, ótimo. Bom apetite!

Talvez não tenha dormido, mas está tranquilo(a) e aceita ficar um pouco no carrinho. Coma mais rápido, a qualquer momento você precisará estar livre novamente.

Pode ser que ele não durma e não queira ficar no carrinho. Tire par ou ímpar com o seu esposo(a) para decidir quem vai comer frio.

São três alternativas. Estatisticamente, pela minha experiência, o resultado é o seguinte: o bebê não quer ficar no carrinho em 89,6% das vezes; ele fica quietinho sem dormir 9,2% das vezes e ele dorme 1,2% das vezes.

Mas vale a pena arriscar. Afinal você saiu de casa, recebeu elogios pelo seu rebento, ele conheceu coisas e pessoas diferentes.

A comida estava fria? Lembra que eu disse para nunca escolher um restaurante caro? Se você pagou baratinho, não vai se lamentar e vai sair feliz.

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