Há alguns chavões sobre mães que estamos sempre escutando: “toda mãe quer ser perfeita”, “toda mãe se sente culpada por deixar o filho com outra pessoa”, “toda mãe chora no dia em que volta ao trabalho”. Eu pensava que eu seria diferente, afinal, sou uma mãe moderna, educada no século XX, filha da revolução sexual dos anos 70. Sou bem informada, moça estudada, não tenho medo de desafios e tenho até um blog!
Mas, devo confessar que eu gostaria de ser uma mãe perfeita, me sinto culpada por deixar o Nícolas com outra pessoa e, sim, eu chorei na quinta-feira. Chorei copiosamente. Não que eu não queira mais trabalhar. Quero! Não que eu ache que o Nícolas será infeliz por toda vida por não ter a mãe 24 horas por perto. Não que eu não tenha me preparado para esse dia. Mas, apesar de tudo, chorei; como tantas outras, menos modernas, menos esclarecidas. Talvez eu tenha que aceitar o chavão-mor, o mais irritante, o mais brega, que diz que “mãe é tudo igual, só muda de endereço”!