Quando eu era criança via joaninhas por toda parte. Em qualquer brincadeira ao ar livre elas estavam lá – lindas, vermelhinhas com bolinhas pretas. Depois que cresci elas desapareceram. Cheguei mesmo a pensar que entraram em extinção ou que nunca existiram além da minha imaginação. Mas não é que outro dia, brincando com o Nícolas, encontrei uma joaninha? Igualzinha às da minha infância. Pequenina, frágil, toda engraçadinha com a sua roupinha característica. As joaninhas voltaram. Assim como emoção de (re) descobrir o mundo, e o entusiasmo de um domingo de sol, cheio de brincadeiras. Mais uma das maravilhas de se ter um filho.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Série "esse não é meu"
Já dizia o ditado: “quem não chora não mama”. Pois então. Pedi um “manual de sobrevivência em restaurantes com bebês” e ganhei! E olhe que não é de qualquer um, mas de um pai que tem no currículo nada menos do que sete filhos (todos lindos!) e um neto (mais lindo do mundo inteiro). Como não sou egoísta, publico para todos as dicas que recebi. Obrigada papix! É bom saber que você não guardou rancor pelos montes de almoços frios que te fiz comer. (hehehe!)
Bebês – Vamos almoçar fora hoje?
Aí vão algumas dicas para quem não abre mão de comer fora de vez em quando. Falando apenas de almoço, pois um jantar romântico exige alteração na folga da babá ou aquela ajudinha da vovó. E não se fala mais nisto.
Primerio, escolha o horário certo. O bebês costumam dormir à tarde. Engane sua própria fome, se prepare para sair e calcule o horário da partida de forma que o tempo que você gastará até o restaurante, mais o tempo de espera pelo prato complete o horário em que ele vai dormir.
Depois escolha o restaurante certo. O local deve ser aberto, arejado, de preferência com pouco movimento. Restaurante com fila, nem pensar. Comida a quilo também não combina, pois enquanto o papai se serve a mamãe precisa ficar na mesa com o bebê e vice-versa. Aí será um almoço solo para ambos. Não é recomendável levar bebês em shoppings em qualquer ocasião, muito menos para almoçar. São locais feitos para excitar as pessoas. As luzes, o colorido e o movimento os deixam acesos demais.
Nunca escolha um restaurante caro. Isto é importante!
Durante a viagem de ida não o deixe dormir no carro. Leve brinquedos, mostre os carros ao lado, imite o canto do galo ou o barulho da moto. Faça qualquer coisa para mantê-lo acordado.
Ao chegar ao restaurante, escolha um canto onde o carrinho pode ficar perto da mesa, sem atrapalhar o movimento dos garçons. Fique com o pequeno no colo, para que ele não se canse do carrinho. Avalie se o seu cálculo de tempo funcionou. Se estiver longe do sono, peça um petisco e vá escolhendo o prato. Quando você sentir que chegou a hora, faça o pedido.
Você pode também fazer o pedido ao chegar e solicitar ao garçon que combine na cozinha uma espera do seu comando para servir. O prato vai ficar semi-pronto e virá rapidamente quando você autorizar.
Levante-se um pouco da mesa e ande calmamente pelo restaurante com o bebê. Finja que o está distraindo, mostrando as plantinhas ou o quadro e levante-o bem alto no colo para que todos o vejam. Você vai sentir os olhares, ouvir comentários baixinhos e muitos vão brincar com ele dizendo “que gracinha”, “como é lindo”. Este é o momento máximo do almoço. Afinal foi para isto que você veio.
Pronto. Agora pode mandar servir o almoço e colocá-lo no carrinho. Está na hora de dormir.
Neste ponto a sorte está lançada. Algumas coisas podem acontecer.
Se ele dormir realmente, ótimo. Bom apetite!
Talvez não tenha dormido, mas está tranquilo(a) e aceita ficar um pouco no carrinho. Coma mais rápido, a qualquer momento você precisará estar livre novamente.
Pode ser que ele não durma e não queira ficar no carrinho. Tire par ou ímpar com o seu esposo(a) para decidir quem vai comer frio.
São três alternativas. Estatisticamente, pela minha experiência, o resultado é o seguinte: o bebê não quer ficar no carrinho em 89,6% das vezes; ele fica quietinho sem dormir 9,2% das vezes e ele dorme 1,2% das vezes.
Mas vale a pena arriscar. Afinal você saiu de casa, recebeu elogios pelo seu rebento, ele conheceu coisas e pessoas diferentes.
A comida estava fria? Lembra que eu disse para nunca escolher um restaurante caro? Se você pagou baratinho, não vai se lamentar e vai sair feliz.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Série "de mãe para mãe"
Extra, extra!!
Hoje encontrei uma amiga grávida que estava desesperada porque descobriu que as lojas pedem um prazo de 40 a 60 dias para entregar os móveis do quarto do bebê e ela não tem esse tempo todo de gravidez.
Percebi que esqueci de dar essa dica aqui: compre os móveis do quarto primeiro, porque você pode precisar de prazo para que tudo seja entregue. E não espere muito para comprar todo o enxoval. A melhor época é entre o 4º e o 7º mês de gravidez, quando você se sente mais bem disposta. Mas deixe alguma coisa para ser arrumada nos últimos meses (lavar as roupinhas, ajeitar os enfeites no quarto), isso ajuda a controlar a ansiedade.
domingo, 4 de novembro de 2007
Socorro! Vamos ao restaurante!
Visitas em casa, eu cansada de colocar mesa, tirar mesa, come sobremesa, conversa no sofá, decidimos almoçar em restaurante. Restaurante no shopping, boa estrutura para bebês, boa comida, boa companhia, tudo para ser um bom programa. Ilusão desvanecida já no estacionamento. Lotado. No fraldário, os carrinhos estavam em falta. Podem esperar? Podemos, claro, o que se há de fazer? Tivemos sorte, esperamos pouco. Nícolas confortavelmente instalado, seguimos para o restaurante. Lotado. Podem esperar? Podemos, claro, o que se há de fazer? Já tínhamos usado nossa sorte no fraldário, esperamos muito. Mesas para quatro são as mais disputadas. Algumas voltas pelas lojas da redondeza, um pouco de conversa, muito “bilu-bilu”, fomos, enfim, chamados.
E foi aí que o problema começou. Acho que o Nícolas não gostou do restaurante. E, não gostando do restaurante, aproveitou para treinar novas habilidades. No caso, o grito. Saquei da bolsa mágica o trem, o peixe, o bico e, por fim, o Dino. Quando nem o Dino, seu brinquedo favorito, conseguiu convence-lo a parar de gritar, resolvi que aquilo já tinha ido longe demais. Deixei minha salada esfriando no prato (tudo bem, sem drama, a salada já é fria), peguei o pequenino no braço e saí do restaurante para uma conversa séria com aquele rapazinho. Usei o meu discurso sobre o cultivo da paciência e, por alguns instantes, achei que todo o meu esforço didático tinha adiantado alguma coisa, já que ele ficou quietinho nos meus braços. Voltei para o restaurante e descobri que, na verdade, todo o meu blá, blá, blá tinha dado sono, imediatamente dispersado pelo barulho do restaurante. Foi a vez do Fabrício tentar as táticas de pai. Colocou o pequenino no colo que, sem perder tempo, começou a explorar todos os itens da mesa, a começar, claro, pelo molho da massa, que estava no prato, ainda por terminar. Bagunça garantida. Quem salvou a situação foi o tio que, a essa altura, já tinha engolido todo o seu almoço e estava disponível para um passeio. Ufa! Ganhamos tempo para terminar o almoço, pagar a conta e, enfim, juntar o trem, o peixe, o bico, o Dino e ir embora, exaustos, mas ainda com disposição para um sorriso amarelo para nossos vizinhos de mesa.
Preciso, urgentemente, de um “manual de sobrevivência em restaurantes”, ou vou viver de “China in Box” e pizza. Alguém se habilita?
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